segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A boneca-pêndulo.


Então a boneca fita, vazia,

a imensidão do nada.

Por quê... está cansada de lutar.

Por quê... está cansada de tentar realmente mudar.

E a frieza desse algo não-solúvel a abraça...

e ela vira nada mais que isso... uma boneca loira, magra, na frente de um computador.



E vai ver que a música está certa... mas até a música cresce!

E por quê não haveriam de, ao seu redor, as flores crescerem e florescerem?

Por quê se encontra numa inevitável prisão psicológica e emocional...

onde tudo parece incerto.

Não quer nem se dar mais ao trabalho de pensar... e se sentir não fosse involuntário não sentiria, acredite! Não sentiria...



Um pêndulo.

Como um pêndulo... de um lado para o outro...

Volta e vai... vai e volta...

na hora que bem entender...

Antes boneca fazia força para parar,

fazia força para continuar...

Agora boneca tenta se conformar...

e se deixa levar pelo pêndulo

como se fosse destino seu... será?



Não, por quê boneca não é burra.

Mas por quê ela ainda insiste em tantas vezes ser?

Não sei, não sei... nem ela mais consegue entender...

sábado, 29 de janeiro de 2011

O navio que naufragou.


Reza a lenda de que, há não muito tempo atrás, existia um corajoso marinheiro...

pelo menos, era o que diziam... ou o que foi espalhado como boato.

Havia abandonado família, segurança, conforto e muito dinheiro em sua terra

e partido em direção a uma nova, bela e incrivelmente ingênua aventura...

o problema era apenas...




que ele poderia ser eu.

Ou, quem sabe... você.







Brumas tardias,

deserto relento

Esconde o alento

de amor meu...

meu.



Um dia ele já quis morrer.

Um dia ele já quis amar.

Um dia ele já quis sonhar e ir embora... como os peixes no mar vão, sem nem olhar pra trás.

Mas ele queria por quê queria achar companhia...

o "prometido navio".

Navio antes longíquo,

se tornara agora tangível,

desse algo possível

que lhe trazia o olhar...



E, por fim, após vários dias, o viu!

Não era ilusão!

Lá estava ele, imponente,

servente da beleza,

de braços abertos...


Assim o tomou como seu.

Cuidou, lavou, enfeitou...

mas por dentro...

algo estava terrivelmente errado!

E de tão errado deixou-o encucado,

pensando que a loucura o havia acertado.


Mal sabias tu, marinheiro, o que te esperava...



O mar em não tão terrível sinfonia,

lançou ondas que os retiraram de sua monotonia...

intensa.

O navio se partiu, não de vez, mas aos pedaços...

e o marinheiro quis acreditar que ele não se partia por quê queria...

mas ele percebeu que era mentira...


O navio, por si só, deixou-se levar pelo vento, pela água não tão má,

pelo frio que o acolhia...

mas o marinheiro não podia, simplesmente não podia...

mesmo esgotado, não podia deixar-se quebrar em pedaços!



Tentou colá-los, tentou rearmá-los...

tentou fazer deles o que não eram...

e com isso, pôs na cola ódio, rancor... raiva.


Percebeu então que era o mais bobo de todos os bobos...

Percebeu então que o navio fôra mais uma armadilha do destino...

percebeu então que deveria partir.


Pegou então seu bote,

seu remo e após beijar o chão,

foi-se...

De longe, a bruma cobriu seu antigo companheiro...

e a névoa sorriu para ele, apenas lhe dizendo...

que assim era a vida.


E, triste e conformado, ele olhou...

enquanto o navio afundava...

e não importava mais talvez de quem era a culpa...

mas seus resultados...


afinal, era o FIM.

Apenas o fim de tudo.


"Eu não podia fazer mais nada..." foi o que pensou... E, estivesse certo ou errado,

só o tempo lhe diria...

E tudo que ele queria era não pensar mais nisso!










sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Os olhares da escuridão comedida.

Quem são vocês que me fecundam
com estes olhares absurdos de comedimento?
Hãn?!
Vocês,
anões sedentos de sede
de infelicidade alheia,
juntos na escuridão
de todo o sujo sentimento humano!
Sorriem , desgraçadas criaturas,
derradeiras quermesses
do que o inferno já foi.
Mas aqui não é inferno, ainda
é Terra,
por mais que não pareça.
É Terra
de ofertas,
pesares,
sonhar,
olhares,
coloridos
de mel...
Desejos
ungidos de raiva,
Tangidos
por escarpas
de serenatas vazias,
de alguma desilusão
por aí perdida...
Portanto...
quem são vós?
Vozes do além deserto
e do sincero afeto
com que nos recebe a dor!
Dor, companheira ingrata
que alimenta a farsa
do que é amar...
Dor, companheira amarga
sobremesa exata
de quem quer compaixão...
e perdão?


Loucura, loucura...
será melhor solidão!

E morrer só?
Não, não, não!

Se calem todos
e se recolham
em seus ninhos
desastrosos,
desatentos,
de sentimentos,
intricados em infâmia
de servidão!
Rasguem folhas
de lírios,
negros lírios,
erguidos
como recompensa,
como espinhos...
Espinhos... como os que rodearam Deus em sua
lenta morte...

Sois nada, nada!
Fornalha de desgraça
Desgarrem-se de mim!
Livre... sozinha,
alço vôo,
germino
leve...
Montanhas
sorridentes,
de afeição
complacente;
eu quero pois é ser feliz!


Olhem a borboleta
Renasce
Em casulo.
Outra. És outra, amiga.
E assim quero seu eu...
assim quero ser...
melhor, maior,
abraçando a liberdade como uma nota só,
No livre arbítrio de poder escolher
a cor que eu quiser!

Sorriam, sorriam!
Não me fazem infelizes!
Não, não...
Pior é a indiferença...
sim, sim!
E a tenra e morta crença
do que antes chamavam inocência...
Dormência de escalas...
"descromáticas",
insípidas,
como a vida de tantos...
Menos a minha, menos a minha!
Repito, febrilmente, sem lógica em mente...
para quê lógica se somos todos dementes?

De- men- tes.
De- men- tes.
Me mostre mentes!
Me mostrem mentes!
Quero todas as mentes
em um banquete imenso!
Todas frementes,
do pecado ardente
que é desejar...
e amar...
sem medo.
Jogar,
impulso nos pés, mãos,
cabeça, coração...
Sou apenas impulso...
mas o que me dá vida é o amor..?
É?

Não, não, não!
Sou somente eu vida!
Viúva de sentimentos...
haverá?
Meu véu me cobre até os pés
mas deixa descoberto
meu ódio e rancor.
Vara, vara de pesca,
pesca peixes antes vivos
apenas mortos.
Ao menos não sentem...
pelo menos, não como nós...
não como a suposta "gente".

Videntes
do supersticioso destino,
do estranho fascínio
arisco do que virá!

Venha, destino!
Venha, futuro!
E me abraçe sem medo!
Por quê com o medo,
só metade sentirá... só metade virá...
nada aprenderei.

E tudo que eu quero é...
Juro. Tudo-tudo-tudo
que-eu-quero-é...
aprender.


Mas não sendo iguais aos outros.
Não, não, jamais.
Jamais verás outros olhos
como os meus...
Jamais verás outra mente
tão conturbada como a minha...
Jamais me irás entender...
Jamais...
mas tentarás, sim?
Tenho-que-acreditar-que-sim
senão-...

enlouquecerei?


Nunca-pois-sou-dona-de-mim-mesma.
Me faço forte.
Me faço fraca.
Mas cresço.
Cresço como árvore!
Não vês?
Grande, imponente...
mas frágil por dentro.
Não me cortes com tuas palavras...
não me cortes!

Te faço pequeno,
te faço menor.
Te faço do meu ódio
o pior...
Te faço três vezes a morte
de desvairo psicológico,
Mas ainda te faço meu...

Mas, ao final de tudo...
nem eu sei quem sou...
nem tu sabes quem és...
então apenas esquece...
Esquece tudo que te falei!
E viva, vivaa...
mas longe de mim...


apenas e simplesmente...
longe de mim.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A agonia da inércia entre quatro paredes.

Ah, agonia da inércia!
Aaaaaaaaaaaaaaaah!!!
Sair do corpo, quero sair do corpo, sei não!

Agonia... agonia da inércia...
espiritual, sepulcral,
do corpo que não move,
não pode,
adoentado, se encolhe...

E a mente se expande...
mas só até onde os antibióticos deixam!


O que é afinal vida, sem corpo para andar, sorrir, sair... acompanhando a mente?
Imensa mente... mas imensa prisão, acredito eu.


Estou a pensar certo?
Errado?
Sei quem sou?
O que sou?
O que sinto?

Ô confusão absurda e febril...


Só quero ficar bem de novo e sair para o mundo,
respirar a fresco...
ar... ar... fresco!


E danem-se vocês se não derem valor a isso!
Por quê... eu simplesmente digo... eu dou.

sábado, 22 de janeiro de 2011

A mágica da incrível chuva de estrelas...


- Maria!


Nada.


- Mariaa!


Raiva. Abuso!


- MARIAAAAA!!!



De longe, um ruído. Ecos. Vozes entrecortadas, misturadas ao vento. Maria ouve e responde:


- O que foi, tiaaaaa????


- Volte para casa que já vai chover estrelas!


- Não! Eu quero vê-las daqui! Dessa vez vou pegar uma bem grande, tia, prometo!


A tia se conforma. Ô menina teimosa... não tem mesmo jeito!

E está tudo bem, afinal. Deixa-a.



Do nada, céu super escuro. Movimentos. Animais? Cobras na floresta à procura de alimento?

Clarões... Brilho, intenso brilho vindo de todos os lados e direções do céu!


Maria sorri e com peneira em mãos, embaixo da árvore, sente as estrelas caírem, algumas grandes, outras pequeninas... mas todas incrivelmente belas e brilhantes!



Em algum outro lugar isolado, um casal está no carro e a tudo assiste. As estrelas mais parecem bolhinhas molhadas devido a seu brilho, formando um escudo em volta das unidades...


- Olha, amor!

- Nossa...



Silêncio. Beijos.

Por quê, em alguma hora na vida, estar com alguém pode mesmo ser tão incrivelmente mágico quanto uma chuva de estrelas...


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A estranha divisão de uma pessoa.


Lânguida, olhou pela janela... e um tenebroso frio, tenebroso espamo, mais arrepio, percorreu toda sua espinha... Era um novo dia, e trazia o nublado como companhia.

Olhos imensos preenchidos de mel, agora escassos, mais pareciam folhas gastas com a chegada do outono...

- É ele sim, Annie, é ele sim, chegando ali... Um novo dia... talvez um novo Sol...

- Sol?! Que Sol?! Tudo que vejo são essas montanhas geladas de dor, bem ali... e um ódio interminável, uma raiva incontida... Sol, Sol.Hunf! Antes fosse este...

- Limpa tua face, irmã. Toma teu banho... temos de recebê-lo de braços abertos... - tentativa de otimismo.

- Não devo nada a ele, muito menos você.- Frieza seca e dura. Assim como esta, assim como as duas.

- Eu queria ser nada... esses átomos soltos no mundo... para não ter que sentir, nem olhar, nem chorar, nem muito menos sorrir... Mas não posso. Eu simplesmente sou, e sinto tudo isso... Não há como fugir, amiga...

- Não é você quem unicamente determina! Posso ser simplesmente eu, pessoa, em capa, em forma, e dentro um eterno e inaprofundável vazio... Oca! É isso! Quero ser apenas... oca. Assim o escolhi, e você terá de respeitar... - Dá uma risadinha fúnebre, sarcástica. Não há a mínima graça.

- Teus olhos costumavam ser tão belos, irmã... serenos. Doces como brisa no verão... como os meus eram.

- Sim! Eram! Tudo era... tudo foi! Somos apenas esboços do amor que fomos um dia, querida... e temos de aceitar isso... assim como os outros têm! Danem-se todos!- Outra risada maléfica.

- Às vezes tento... sabe? Tento ser o que já fui... através das lembranças mais belas e delicadas...

- E ainda existem estas? Existem?!

- Há alguma parte de mim que acredita que sim, mas logo que tento revivê-las não sinto mais o sabor de outrora...

- Sinto aí o cheiro da morte...

- Morte?

- Sim... talvez de um amor que foi e não volta mais dentro de você.

- Será?

- Sim, sim. Não há mais "serás"... já deveria ter sido.


As duas se calam e olham para o horizonte. Se apresenta ainda belo, mas ainda também melancólico... Uma folha cai de uma árvore em algum lugar... Uma delas nota o nascer de outra, verde e nova de onde a antiga caiu... é apenas uma pontinha verde, mas já significa algo... talvez.


- Irmã...

- Sim?

- Você acredita em esperança?

- Hum... em algum lugar de mim, sim... Por quê?

- Por quê quero continuar a acreditar, por mais difícil que seja... e por mais dividida que eu esteja...

- Que nós estejamos, você quer dizer..?

- Sim, que nós estejamos!


Ouvem uma batida na porta.

Se entreolham.


- É hora de ir, não é?- uma diz.

- Sim... é hora de acordar para o novo dia... seja ele feliz ou não.


Dão- se as mãos, recolhem-se e abrem os olhos no mundo real como uma só,

mas tão "dividida" entre si como apenas duas pessoas poderiam ser!





quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A determinação confusa da minha verdade.

Dúvidas... párias separadas no espaço
em um espaço louco, imerso de agonia
ou dopado
dopado de vida.

Queria eu... queria eu...
saber a verdade escondida por trás de tudo isso...
Da dor, da alegria da descoberta do novo,
do reconhecimento, do antigo,
nostálgico... Até onde se sabe o que morreu e o que vive dentro dagente?
E será que é melhor sabermos mesmo?

Minha mente simplesmente não quer calar!
Não quer!
E mentes não são como bocas...
a minha pelo menos não é. E a sua?

Descontrole. Perverso;
tenta rumo certo,
neste universo inquieto,
que é sonhar, refletir, tentar,
abraçar...
o que era antes um lar?

Não mais! Não mais...
se recusa mente, se recusa corpo...
e coração?

Aonde está você, amigo?
Ainda tenho um?
Parece-me às vezes que não mais, não mais...

Dor física é pior que emocional?
Quem sabe?
Não existe rei da verdade ao fim das contas... apenas nós mesmos...
apenas nós mesmos...

Não quero mais deixar ninguém determinar minha verdade.
E isso pode custar caro... para todos que não sejam eu.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Médicos, remédios e sentimentos reflexivos.


Fiz uma cirurgia ontem. Incrível a sensação de impotência e ao mesmo tempo de confiança que temos de depositar em outros seres humanos neste momento... Senão, acabamos caindo em desespero, mesmo sendo uma cirurgia leve...

Ao acordar, me senti um pouco como o homem do filme "O escafandro e a borboleta", com a síndrome de locked-in, sem poder se mexer nem falar nem fazer nada. Mas isso não durou tanto, pois logo logo já podia sentar, andar um pouco, mexer as mãos, falar baixinho mas bem pouco...

Comi coisas pastosas, como sopa, sorvete, suco... e a dor de cabeça não saía de jeito nenhum.

Anestesia geral dá nisso, ...


Isso me levou a pensar em situações que pessoas passam normalmente em hospitais, muito mais graves, onde ficam completamente dependentes de outras a seu redor... Não há nada mais incrivelmente angustiante, acredito eu... O orgulho nos impede de nos deixar depender de outros... queremos por que queremos ser independentes... e muitas vezes há situações em que não podemos e pronto! Nosso corpo não está apto a tal coisa!

Mas por quê? Por quê é tão difícil se deixar ser dependente?






Sonho não foi

Real também não.

Sentir, falar,

dosar...

Vontade de jogar tudo para o ar!

Beijar... o que mais será?

O que mais seria se fosse para ser?



Apenas a vida para nos deixar sem entender...




segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Porto e suas surpresas...

You took from me the simplicity, and for this i will never forgive you...



Porto. Sexta- feira. Chuva. Gente sem gente. Pensei até em Lan House.
Mais tarde voltei, praçinha. Conversas, nada de bebida, antibióticos.
Sábado de tarde, após praia e dormir. Ir com amigos pra casa deles. Dançar, ouvir e relembrar músicas felizes, desde Red Hot até Pocahontas, da Disney. Amigos dançando psicodelia, rock and roll e até uma tentativa de balé interpretativo. Ri rios de lágrimas felizes e guardei as infelizes,apesar de algumas destas escaparem de vez em quando...
Crepe salgado, delícia. Crepe doce, ruim!
Praça de volta. Reencontro um velho amigo. Conheço então um amigo seu da Áustria, junto com outros e outras que também estavam lá. Dizem-se tristes por quê pouca gente com quem conseguiram falar lá sabem inglês. Legais, muito animados. Um rasgo deles do que é morar no outro mundo, cheio de neve no inverno. Felizes! Passei a noite treinando meu inglês...


Quantas e quantas vezes queremos rotular situações? Ou indecisões? Ou fim de semanas?
MILHAREES!!!
Mas e quantas e quantas vezes acabamos nos surpreendendo?
Cada vez me descubro mais não-adivinhadora do que está por vir...


Sorriso. Olhos. Pureza... Há quanto tempo que não via...
Que não entendia ou realmente sentia vontade de entender... através de um olhar.
De simplesmente deitar, olhar pro céu e estar feliz de estar ali... sem tentar complicar nada...
e sentir tudo de uma vez...
De vez em quando é simplesmente muito bom admirar... só admirar...
em inglês.





Levo para casa e presente uma caxinha mágica e uma toalha da Nike.
E, acredito eu, muitas boas energias...




De lá de cima a lua
tudo observa
sorrindo,
caixinha de surpresas.
Daqui de baixo,
admiramos o céu
e suas constelações,
caixinha de sonhos...

Imensos e improváveis sonhos, até algum deles se tornar real...




















sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Cara de férias!

E lá estava ela, dançando com outra pessoa.
E lá estava ela, pensando em beijar outra pessoa...
Como se fosse o contrário de como o universo deveria funcionar... mas não,
ele estava funcionando exatamente assim.


Ontem plano de show de Amy Winehouse cancelado.
Beatles cover foi a nova atração da minha noite. Adorei!
Muito carismáticos, felizes e animados.
Assim como todos nós, que estávamos lá.
Estava com saudade de ir no Manhattan...
pena que só peguei o último bloco dos garçons cantores... :(
It´s life...



Hoje Porto!

Promessa de um dia ensolarado.
Promessa... de fugir mais de casa.

Promessa...
promessa...

de cara de "férias".


Enfim... bom fim de semana para todos vocês!
E até o próximo post...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A menina e a estrela.


Uma vez brilhou uma estrela... lá no céu.

Mas ela brilhou por si ou por quê acreditei?


É uma pergunta que vivo me fazendo... tantos e tantos dias...


Mas uma coisa eu sei: o Sol brilha todos os dias, mesmo que nós não possamos ver, encoberto pelas nuvens nubladas... ele está sempre lá, brilhando!

Quero ser assim.


Trema tanto,

da loucura.

Catapulta

do que foi.

Ilusão,

irrisória,

era sóbria

de conta- lágrimas...

Icógnita!



Se a raiva me dominar, fico fraca.

Se não, viro joguete do que foi um dia o amor...



Desespero de águas abertas,

sorriso expresso diante de ofertas

Vem, passageiro fácil de destino

incerto!



Energia certa do que não foi dito

Persistente, insisto

Corre, meu corpo

Corre e leva tudo!

Leva ódio, mas deixa...

Leva amor, mas deixa nada!

Leva todas as lembranças, me deixa seca, seca...

mas não amarga.



E, no final das contas, as ilusões levam todos os créditos... Ha ha ha!






Existem fatos que são tão crus

que não parecem reais

Existem sentimentos que doem

tanto que não parecem normais

Existem dores tão fortes

que nem deveriam existir


Mas também existem pessoas tão especiais

que nos fazem acreditar que sim, jamais devemos desistir da humanidade...










quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A mágica chuva de descobertas!





A música cresce... CREsce, CRESCE... dentro dagente.
Hum.-hum...l-a-lá...lá...
tree-lá..-ra-rá-rá-rá...
da run...


Um coro de crianças.
Cantam como anjos.
Me preenchem por dentro, meu espaço vazio.
Facas cortando. De um jeito bom.
Anime-se! Anime-se! - gritam.
Mágica. É mágico! Tudo que se mexe entre som e sentimento...



Zuuum....




Luzes fazem fila para meu sonho passar...
Tecidos flutuantes de branco, de sorriso colorido.
O estranho é maravilhoso!
Seres. Enigmáticos. Carismáticos.
Verde. Luz e escuridão ao mesmo tempo!
Um trenzinho de centopéias de diamantes passa, todos abrem caminho...

São felizes?
Não sei... mas parecem ser.
Sim, sim! Quero ser também!






Em língua estranha, tentam falar
Não entendo, mas suas vozes começam a brilhar...
Mar vem! Mar de sonoridade,
me traz, traz, a insobriedade...
Quero mais, quero mais,
de tamanha irrealidade!
Pra quê ter tanto pé no chão
se posso me abraçar à exclusividade de ser diferente?



Hum, hum...
treee, da rá don don don don...



- Ei...
- Sim?Sim?
- Ei, ei!
- Sim?!
- Caminhos...(sussurrando)
- Caminhos?
- Sim,sim!
- O quem tem "caminhos"?
- Caminhos se abrem a qualquer momento...( ainda sussurrando)
- É?
- É!
- Pois acho que um deles acabou de se abrir!
- Sério?
- Seríssimo!
- Novo?
- Novo caminho!


Alegria, pulos.
Nova sensação.
Nova pulsação.
Novo sentir
do que está por vir...





Talvez exista realmente... a paz.








Inspiration para o post: Música "Dreaming"- Coraline´s movie soundtrack.












terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Minha terra dos sonhos.





- Ei! Ei, você aí!
- Siim..?
- Vamos sair?
- Ué, vamos!
- Pra onde?
- Oush, você que perguntou primeiro, então diga aí!
- Hum... pode ser pra um lugar que não existe?
- Tipo...
- Tipo..?
- A terra dos sonhos!
- Ah... legal... pode ser sim! Onde fica?
- Aqui, aqui! Me dá a mão?


Dão-se as mãos.
Abre-se uma porta, fecham-se os olhos.




Imagine só uma cidade... tão bela, tão bela que todos se conheceriam, tomariam garrafas de vinho à noite, à luz de velas, conversando, rindo, lendo livros interessantes, ouvindo pink floyd ou algum jazz . De manhã, o Sol brilharia sempre intensamente e a cidade seria quase que rodeada completamente de mar, mas um mar tão belo e pacífico que mal teria ondas... E as casinhas seriam bem parecidas umas com as outras e as nuvens seriam tão brancas... E eu voaria por cima dela, como um sonho; só um sonho que conto pra mim quando quero parar de pensar em coisas que não quero mais lembrar . Veria lá de cima barquinhos diminutos e azuis, velas coloridas, pássaros vermelhos e peixes brilhantes... Haveria música em cada esquina, bicicletas com crianças felizes correndo para lá e para cá, sorrisos abertos e imensos de tão felizes, árvores tão verdes e vistosas que seria impossível derrubá-las e um homem tocaria violino na frente de sua casinha, sempre ao entardecer, quando todos dessem adeus ao pôr do sol e as luzes de vagalumes preechessem os postes da cidade...









- Essa cidade existe?
- Sim, sim, por quê acabei de inventá-la... na minha cabeça.















Sou feliz por poder imaginar...
e desejo esse tipo de felicidade para todos.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O espectro que me fita.



E agora era eu dançando ali, no meio da gente.

E agora eu ali, rindo , conversando descrente.

E agora era, sou, sou-sou-sou... unicamente eu, por mim sozinha neste mundo tão, tão vasto...


... e desde quando isso é ruim?

Viver por si só?

Depender de você apenas?



Hoje descobri que estou com sinusite!

Que legal!

Mas tudo bem... antibiótico cura.





Show de Amy Winehouse logo, logo... e nem comprei ingresso.

Nem sei se dará pra comprar... ou ir...

Pena. Tanto faz, tanto fez.

Deveria ter comprado antes, simples assim...





Teu espectro me fita na luz cerrada. Macabro, macabro, espectro passado.

Relacionamentos se fazem em laços. Cortado, cortado, foi cortado.

Me olha, me quer, sugar minha alma. Cansada, cansada, alma desgastada.

Sorriso me toma, esquece, disfarça. Ilude, ilude, coração embala.


Já desceu a água, mostrou a verdade. Crime de tão feia, velada, não mais.

Futuro me vem, trazendo mistério. Quero, só quero, que não me quebre.

Quero, só quero, me ver alegre.


Quem sabe ri a esperança de um novo belo olhar...

afinal, tão grande é esse mar...

e tão especial é... o gostar.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Domingo: poço de pensamentos sem fim.

Domingo.

Hoje é domingo.

de cachimbo.

Cachimbo. De ouro. Bate, bate, no touro.

Valente. Bate, bate, bate! Na gente.

Agente... agente... é fraco?

Cai no buraco.

Buraco.



It´s such a big hole, don´t you think?





Penso tanto... queria pensar menos...

Revistas. Mostram. Perfeição. Eu não sou. Não sou.

Longe. De ser perfeita. E ninguém é. Por mais que queira ser.

Internet. Vende. Mil sonhos. Mil alternativas. Mil produtos.

Mil vazios embutidos de vez. Em uma comunicação mecânica.

Sons. Musica. Sinto. Em casa. Tristeza. Compassada.

Olhos. Eram meus. Seus. Foi-se beleza. Foi-se brilho.

mida canção. Do novo. Novo. Respira.

Respira! Vida. Que continua. Indefinida.

Lógica. Odeio. Razão. Odeio. Cálculos. Odeio verdadeiramente.

Longe de mim! Longe de mim... odiar.

Sai comigo? Sim, sim...

Sonha comigo?Sim, sim...

Escolha, escolha!

Escolho, escolho... mas agora é minha vez de escolher!

Embora... embora ainda queira me deixar ir. Rio me levar.

Cascata de sentimentos.

Coração bater forte. Sempre foi por tu. Sempre foi.

Não será mais. Não mais.

Outros.

Nova canção se desenhará, Adriana. Nova canção...

Tudo se resolve. Diz minha mãe. Tudo toma seu caminho. Diz a vida.

Na escuridão. Ali! Se desenha. Estranhas sombras. Achar. Objetos. Engraçados.

Sorriem. Tristes. Melancólicos. Vazio estranho. Preenchimento de ar silencioso.

Medicamento. Genérico. Grampeador. Estátua da liberdade em desenho. Passarinho feliz.

Coração pra mamãe. New york, íma. Íma de tudo.

Tudo atrai, tudo repele. Até quando? Até quando?

Pessoas. Descartáveis? Não.

Cola. Cadê cola? Cadê?!





Sorri, menina!

Sorri pra foto!



Foto: menina feliz. Menina que teve a melhor infância do mundo.

Menina que jamais teve conflitos. Menina que jamais chorou, jamais sofreu.

Jamais se sentiu diferente.



Mentiras, mentiras...







Música sai. Menina canta, se sente livre.

Menina ama, se sente presa.

Menina quer, se sente perdida.

Mas ela decide. Sempre decidiu, apesar de tudo.





Na sala, sombras.

Está ficando escuro.

Amanhã, novo dia.

Quero sol, companhia.





Sair, sair, sair...

até esquecer do ruim.

Sair, sair...

sair de mim.



Escrever... necessito sim.

Nas palavrinhas que escrevo, deixo um pedacinho de mim.

Me alivio de mim.



Domingo: poço de pensamentos sem fim...

sábado, 8 de janeiro de 2011

A chuva de pássaros mortos e suas consequências psicológicas...

A vida é cheia de surpresas... sejam elas boas ou ruins.

Quando você menos espera, um atalho se abre, mas ao mesmo tempo, tem algo te puxando e te fazendo querer voltar por um caminho que não tem mais volta... pelo menos, não por um bom tempo...

Tudo que é novo te dá medo... mas curiosidade também.
Tudo que é conhecido nos traz um certo conforto... mas tristeza também.
Muitas vezes você pode pensar que a última pessoa a te magoar é aquela que diz te amar,
mas muitas vezes esta será a primeira...

Ontem meu pai comentou sobre uma notícia que ouvira na tv: mil e tantos pássaros pretos morreram logo após o ano-novo, em uma região dos EUA. Chamaram esse fenômeno de "chuva de pássaros mortos", coisa que nunca havia acontecido em outros anos... Ao mesmo tempo, mil e tantos peixes morreram em outro lugar e por aí vai... Ele me olhou e disse: "Isso não é um bom sinal..."


Eu ri tentando disfarçar o medo, e ele disse que eu estava rindo agora, mas que se o mundo fosse acabar um dia, não haveria nada de risos...

O pior é que penso nisso. Penso nisso a hora toda. Já sonhei com isso, o que eu acho é relativamente normal, aposto que muitas pessoas também já sonharam com isso. Só espero sinceramente que seja apenas coisa da minha cabeça, nóia mesmo... Não gosto de pensar no fato de que tudo, desde as melhores invenções científicas até as artísticas, se perderiam junto com todas as almas, sem continuação...
Muito estranho pensar que tudo seria nada...
Tento não pensar nisso, mas tem hora que o mundo nos dá umas repostas da natureza que dão arrepio na espinha, não é mesmo?
Mas enfim... só espero que, no final das contas, saibamos como cuidar do mundo e ele de nós!
E que tomemos sempre as melhores escolhas, para aproveitarmos tudo que a vida nos tem a oferecer o máximo possível!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Cortando o laço.


No final das contas, friamente, você mede os prós e os contras...

Não é tão difícil muitas vezes, mas outras muitas vezes é. O que importa é você tentar não se enganar e passar disfarçadamente pontos para o time adversário, antes o mesmo time seu.


Podem ter havido belíssimas coisas sim, não vou negar. Para isso servem relacionamentos, não é? Para nos mostrar um lado que só aquela pessoa poderia nos mostrar, uma beleza incrível de momentos felizes e especiais... Mas acabam sendo apenas aqueles. E os outros? E aqueles onde sua dor se tornou mínima e indiferente? Aonde moram estes? Aonde ficam estes? Na felicidade é que não é!



Temos de cortar o laço e hoje, mais do que nunca, tenho certeza disso: ele já está se diluindo...

e mal posso esperar para que suma.



Quando alguém não merece realmente o seu amor, não adianta pedir e implorar para que milagres aconteçam... você vai fazer eles acontecerem, seguindo em frente e sendo feliz, como sempre mereceu...


Me aguarde ,vida, que aí vou eu!





quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Como saber viver!


Teus olhos são nada!Nada! Pára de olhar pra mim! Pára, pára... pois teus olhos são nada...

nada... nada...


Hoje. Ônibus. Janela. Menino senta ao meu lado. Me olha, cara de legal. Uma cara que eu tenho muitos e muitos dias, mas não hoje. Não estou lá pra muita conversa... Porém paro... paro e olho... observo a paisagem... Por que afinal vivo, e sei viver, não sei? Olhando cada Sol, cada vento que bate em meu rosto, a luz que resplandece no rio embaixo do viaduto, os barquinhos parados em um dia melancólico. Duas meninas estão sentadas à minha frente. Cantam acompanhando a música evangélica que sai em ruídos do rádio do ônibus. Cantam sem medo, sem nem se importarem se estão afinadas ou não... Não parecem ter muitas posses... mas estão ali, felizes, cantando, e nem se incomodam quando todos à sua volta, desde a mulher aparentemente indiferente de óculos até o homem cabreiro e cansado, param para olhá-las, sem disfarçar. Um sorriso se desenha em meu rosto diante de tamanha cena... Talvez elas saibam viver mais do que eu, afinal... Quem diria... Eu diria... e digo, agora... que elas sabem mesmo ser felizes.





- Esse ônibus passa pelo shopping?

-Não, a parada do shopping já passou...- menino aparentemente legal responde.

- Droga!


Falam para o motorista parar, prestativos, todos olham para mim. Outra cena um tanto teatral e rotineira...

E lá se vai eu, andando pela rua, sentindo a chuva na minha cabeça molhar a mim e meus pensamentos...



Pé dolorido, missão cumprida.

Hidratante passa...


E outro tipo de dor, quem cura?

O tempo, minha filha, o tempo... Dizem.


Dizem de tudo, mas não sabem de nada!

Eu também digo e penso de tudo, mas ao final...

me pergunto: será que eu sei mesmo ?





terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Uma boa e agradabilíssima companhia...

Hoje passei a tarde muito bem acompanhada... duplamente, pra dizer a verdade...


Primeiramente, pela gripe, que ainda insiste em não me deixar e em tirar boa parte de minhas energias...


e , em segundo, o maravilhoso, divertido e com ar de frescor filme Julie and Julia!


Fiquei impressionada com a qualidade das atuações, o modo como foram retratadas as duas histórias e a atmosfera feliz que permeia todo o filme, com uma luminosidade que ultrapassa a tela e vem para dentro de nós! Às vezes basta um filme para nos fazer pensar sobre como a vida realmente é bela, e como deve ser aproveitada com alegria!


O céu concordou comigo, pois voltou a ficar mais azul e o Sol a brilhar intensamente... mas sem trazer tanto calor, e sim uma brisa fresca me fazendo sentir como se estivesse em Paris, esperando o almoço, com Julie Child...

Até fui na geladeira pegar o espumante que tomamos no Ano Novo, mas descobri que só sobrara um gole... it was such a pity!


Julie Child é retratada aí como uma espécie de "Pollyana" dona de casa e competentíssima cozinheira, e nos traz um algo de sede de viver e de ser feliz, sem medo e sem se preocupar com os problemas que a vida nos mostra, vez ou outra...


Eu quero adotar mais esse tipo de filosofia, por mais difícil que seja, muitas e muitas vezes... mas eu quero, mais do que tudo, de verdade, ser realmente feliz!



Acredito que todos queremos então...

assistam este filme e...

boa sorte para todos nós! ;)


Um sorriso frio.

Hoje o dia me acorda me dando um sorriso frio...
cinza-nublado, morto, morno. Barulho do portão abrindo... fechando... abrindo... fechando...
assim como tudo se fecha na vida... Sonhos, esperança, alegria, possíveis planos de felicidade...
Todo mundo fala mesmo que a vida é um ciclo, como um círculo... você tem que dar várias voltas para voltar a acabar em um único mesmo ponto: a essência de você. Pena que muitos morrem antes de reencontrá-la...
Mas eu não quero. Na verdade, quero reencontrá-la desde agora... e sinto que estou, de certa forma...
Vontade de ler?
Não sei...
Vontade de descansar?
Sim...
Vontade de se neutralizar do mundo?
Talvez...

Mas pelo menos tenho opções, não é?
Sou sortuda por isso, tenho de admitir...
Nem todos as têm.



O céu volta a ficar azul! Estranho, estranho... por que senti esta energia nublada tão forte dentro de mim...
Sabe de uma coisa?
Vou assistir um filme agora... e esperar que com o tempo... tudo dentro e fora de mim volte a ser normal...

Tenham, pois, um bom dia :)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O caminho para a estupidez do inacreditável.

Eu poderia simplesmente fechar meus olhos, não poderia?
Mas mesmo assim... até a solidão do preto de não ver... me traria tua imagem... pura, única, pedindo socorro, me fazendo sentir culpada ...

- Eu tava ouvindo um funk fuderoso e...

Você.

- Tu lembra daquela vez que-...

Você.

- Foi muito engraçado!

Você, você, você, você, você, VOCÊ!

Droga! Droga de você!

Em minha mente, sempre...
logo quando pensei ter finalmente te esquecido,
logo quando pensei finalmente poder ser livre...
você,você,VOCÊ!

Me culpando por ser sua metade,
me culpando por ter a coragem,
me culpando por saber não ter solidariedade,
me culpando pela dor da saudade...

me culpando por te amar tanto, tanto,
que acaba fazendo tudo parecer possível...
pelo menos por alguns dias... e próximos conflitos... e brigas...e tudo o mais que não importa mais...



Um bebê mais lindo do mundo brinca nos braços da mãe;
ele não pára, inquieto. Roda a mesa, brinca com a suposta avó, o suposto primo,
as supostas irmãzinhas...
Corta! Corta sonho!


- Por quê tu tá tão morgada?


Nem sei mais... nem deveria estar... nem deveria...mas estou... e por quanto tempo mais... e por quanto mais... irei acreditar no inacreditável?

domingo, 2 de janeiro de 2011

A frieza.

Tudo é muito, muito estranho... muito louco...
quando você ama e sente tanta raiva ao mesmo tempo...
E o pior é que, por mais que doa, você tem que ser frio...frio como gelo mesmo...
Por que quando, por acaso, você deixa entrar aquela fonte quente de lembranças boas... põe tudo dentro de você a perder!


Mas quem consegue se frio pra sempre?
Quem?

sábado, 1 de janeiro de 2011

O castelo mais belo e feio de todos os tempos!







No começo, é tudo belo... bonito... especial...



como o castelo mais grandioso!



E o mais legal é que você pode percorrê-lo, descobrir em cada porta um sentimento diferente, seja amor, carinho, compreensão, raiva, ódio... só que estas últimas ficam mais escondidas por um bom tempo...



A cada dia que passa, você se sente mais rei daquele castelo, e não se contenta em descobrir apenas portas, mas sim quartos, porões, salas gigantescas, salas pequenas, cozinhas, e até banheiros... Você quer tudo, tudo para você! Você quer ganhar tudo, tomar tudo, só para dizer ter posse e se sentir amado... e amar... loucamente.



Essa sede, essa sede de descoberta, sede de pular defeitos, de querer sempre mais por mais que hajam pedras imensas em algumas portas, ou terríveis sujeiras em muitos quartos, cozinhas... Você tenta ignorar, mesmo quando você cai ali dentro, você continua e ignora, mesmo percebendo que, ao final do dia, todas aquelas portas de egoísmo, indiferença e imaturidade te consumiram muito mais do que você imaginaria...



Por que você sabe que a pessoa que te ama "jamais te fará mal, jamais te colocaria pra baixo, jamais pensaria apenas nela, jamais tentaria te ter sempre ali, com a desculpa de que o amor é tão grande e especial e puro que nada mais importa: nem as brigas, nem as mudanças repentinas de humor, de agir, de ser, de falar..."



Pois dane-se! Dane-se tudo isso!






No final das contas estou aprendendo que o amor não deve ser mais desculpa pra nada... pelo menos nada que te faça mal... Amor... é uma palavra tão bonita não é? Ele não deve servir para justificar as rachaduras dentro do castelo, que aparecem à medida que amanhecem os dias difíceis... Não, não... Ao contrário! Ele deve justificar os momentos em que mais se precisa de apoio, de uma base que te sustente, caso passe aquele terremoto... como só nós conhecemos que a vida tem!






O mar veio... molhou, molhou...



desgastou as paredes...



O vento veio... surrou, surrou...



desgastou as paredes...



A fé no amor veio... repôs, repôs...



e melhorou as paredes...



A confiança, ainda fraca, mas ainda forte também, veio... colou, colou...



e melhorou as paredes...






E quando finalmente a felicidade veio, encantando o castelo e fazendo-o brilhar...












o egoísmo veio e destruiu tudo, tudo, até restarem apenas ruínas, que se desfazem cada vez mais, com o tempo...









Ninguém mais que ser rei, a não ser de sim mesmo.