sábado, 1 de janeiro de 2011

O castelo mais belo e feio de todos os tempos!







No começo, é tudo belo... bonito... especial...



como o castelo mais grandioso!



E o mais legal é que você pode percorrê-lo, descobrir em cada porta um sentimento diferente, seja amor, carinho, compreensão, raiva, ódio... só que estas últimas ficam mais escondidas por um bom tempo...



A cada dia que passa, você se sente mais rei daquele castelo, e não se contenta em descobrir apenas portas, mas sim quartos, porões, salas gigantescas, salas pequenas, cozinhas, e até banheiros... Você quer tudo, tudo para você! Você quer ganhar tudo, tomar tudo, só para dizer ter posse e se sentir amado... e amar... loucamente.



Essa sede, essa sede de descoberta, sede de pular defeitos, de querer sempre mais por mais que hajam pedras imensas em algumas portas, ou terríveis sujeiras em muitos quartos, cozinhas... Você tenta ignorar, mesmo quando você cai ali dentro, você continua e ignora, mesmo percebendo que, ao final do dia, todas aquelas portas de egoísmo, indiferença e imaturidade te consumiram muito mais do que você imaginaria...



Por que você sabe que a pessoa que te ama "jamais te fará mal, jamais te colocaria pra baixo, jamais pensaria apenas nela, jamais tentaria te ter sempre ali, com a desculpa de que o amor é tão grande e especial e puro que nada mais importa: nem as brigas, nem as mudanças repentinas de humor, de agir, de ser, de falar..."



Pois dane-se! Dane-se tudo isso!






No final das contas estou aprendendo que o amor não deve ser mais desculpa pra nada... pelo menos nada que te faça mal... Amor... é uma palavra tão bonita não é? Ele não deve servir para justificar as rachaduras dentro do castelo, que aparecem à medida que amanhecem os dias difíceis... Não, não... Ao contrário! Ele deve justificar os momentos em que mais se precisa de apoio, de uma base que te sustente, caso passe aquele terremoto... como só nós conhecemos que a vida tem!






O mar veio... molhou, molhou...



desgastou as paredes...



O vento veio... surrou, surrou...



desgastou as paredes...



A fé no amor veio... repôs, repôs...



e melhorou as paredes...



A confiança, ainda fraca, mas ainda forte também, veio... colou, colou...



e melhorou as paredes...






E quando finalmente a felicidade veio, encantando o castelo e fazendo-o brilhar...












o egoísmo veio e destruiu tudo, tudo, até restarem apenas ruínas, que se desfazem cada vez mais, com o tempo...









Ninguém mais que ser rei, a não ser de sim mesmo.



































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