sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Um Feliz Ano Novo verdadeiro.

Eu só queria era me perder...
perder...
neste labirinto profundo e uníssono de vozes e pensamentos...
que me trazem...
trazem...
lembranças.

Mas não dá! E nem é para deixar!


Dia ensolarado, bebida,
salgadinhos, piscina,
sorrisos, violão,
danças toscas,
crianças muito fofas correndo de lá para cá, ufa....


E hoje, finalmente, é dia de Ano Novo!

Onde temos que obrigatoriamente estar felizes... principalmente depois da meia noite. ;)


Enfim... um verdadeiro feliz Ano Novo para todos vocês!
Que saibamos mesmo recomeçar e abraçar as mudanças como amigas...
e, o principal de tudo, que saibamos amadurecer.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Gotas de coragem.


Lágrimas caem. São de chuva? De onde vem?

São de alguém?

Afinal, de onde vem?

Minhas não são nem podem ser, secaram ...


Em cada gotinha um momento, seja belo ou violento,

seja intenso ou um terrível tormento...


Mas foram felizes, afinal, não foram?

Em parte sim... mas em outra parte, não...


Não, não, gotinhas...


Evitando quedas de mais, mesmo que dentro de nós,

vemos o Sol, conhecemos pessoas alegres e felizes,

vemos passarinhos cantar, dormimos, temos sonhos ou pesadelos,

conversamos, comemos, bebemos...


pra quê?


As lembranças estão lá, à espreita,

e qualquer vacilo faz elas aparecerem como uma janela de pop-up em sua mente!


Mas, como diz o ditado que li no orkut hoje, ao final de tudo,

o que importa é a coragem para seguir em frente...


mesmo que tantas vezes ela tema em falhar ou pedir socorro...






Enfim, um brinde à coragem

e a todos que a utilizam da melhor maneira possível! ;)



segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Morte e elucubrações...

Por quê é tão assustador falar em morte? Pensar em morte?
Um algo tão desconhecido... outro mundo, quem sabe...
Confesso ter evitado mencionar este tema aqui por medo... ou vai ver precaução... não gostaria de atrair nada do tipo...
Mas enfim...hoje resolvi falar...ou escrever...sobre isso. Simplesmente por que... todos nós estamos sujeitos a ela... e talvez seja isso que mais nos iguale... Somos, afinal, mortais.

Hoje soube pelo facebook que uma colega de um amigo meu morreu de ataque cardíaco. É assustador ver a foto de uma pessoa que devia estar viva mas não está mais, como se o tempo chegasse de repente e lhe arrancasse todos os minutos,segundos, horas, e eles se esfacelassem e virassem pó...ou talvez algo que nesse outro mundo para que iremos um dia nós não sabemos...

Ninguém quer ter seu caminho na estrada cortado ao meio... por mais insignificante que ele possa parecer aos seus próprios olhos... ou a de outras pessoas... ou não?

O que sei é que sinto que preciso ainda realizar tanto, falar tanto, contar tanto, sentir tanto, escrever tanto... que vai ver que mesmo que eu tenha toda a vida a minha frente, ainda será pouco...


Amo a vida, apesar de muitas vezes ter raiva de pessoas que estão nela...






Letreiros. Sorrisos. Melancolia feliz.
Quem é você?
Estranho em sua própria vida...
Quem é você?
Confusão em louca melodia...
Sou quem?
Pássaro?
Torrente de dor?
De alegria?
De amor?
Em vã glória se desfaz
e a todos nós
acreditar
nada!nada!
Corro do amor
me jogo contra ele
ódio
perdão de não perdoar
a dor de não conseguir mais chorar
e de ver nos olhos dos outros
uma felicidade que você gostaria de encontrar...
mas onde? com quem?
Com quem, estranho?
Com quem, estranho eco de si mesmo?
Eu não sou mais eu mesma e com isso...
ninguém mais o é ao meus olhos!
E com isso...
onde está, ao final, a resposta de tudo?
Daquelas...
daquelas...
perguntas...
perdidas no espaço...
e que ainda se perdem...
ainda tentando encontrar o caminho de volta...
para casa... minha casa... eu... minha mente...
coração...sentidos... cavernas escuras dentro de mim...
é só que-
é só que-
existem coisas que são feitas para terminar tristemente...
é só que-
é só que-
existem mesmo coisas que estão fora de nosso controle...
Não, não!

Menina!Menina!
Não corra tão rápido!
Menina, menina!
Meninaaa...


Infância, crescer. Sentir, morrer. Amar, primeiro grande saber. Perder, primeiro grande doer.

Sei lá. Alguém aí sabe?
Alguém aí afinal sabe, onde está a verdade de tudo?
Sabem?
EIII!
ALGUÉM AÍ...
alguém aí...
a-a-alg-algué-alguém-
a-a-aí
sa...be...?



Escuro. Silêncio.
Meu quarto.
Droga! Droga de quarto, de morte, de tudo!

Revolta resguardada dentro de mim, na verdade de todos.


Ei, você!
Eu?
Sim, você, grande sábio! Grande estúpido!
Estúpido, eu?
Sim... você!Eu, todos nós! Grandes estúpidos!
Somos todos grandes estúpidos... apenas esperando para fazer a próxima estupidez...
Estupidez... na avidez de amar... de sorrir... de ser feliz!
Boa noite a todos nós, grandes estúpidos!


Boa noite...



Será?







Meus pêsames...


Pesar... pelas vidas cortadas antes do tempo... pelo menos, do nosso tempo...


Pesar...



passar...
tempo...

passar...















Tudo com o tempo vai passar, não é?



Dorme, dorme... dormir...

Ao final acabamos todos dormindo.














































Viver!!!

sábado, 25 de dezembro de 2010

O papai Noel vendedor de queijo.


Esse Natal está sendo uma revelação inversa de muitas coisas...
Fui para a praia. Amigo me acompanha. Barracas "Opanka". Caipirosca.
Vou pedir um queijo, descobri que só tenho mais dois reais e o queijo é dois e cinquenta.
Peço para o vendedor encarecidamente fazer por dois, já que estou pobre naquele dia...
Ele me olha sério e pergunta:
- Você respira?
Engulo seco. Sorriso amarelo e sem graça.

- Sim...

-Tá com saúde?

-Sim...- mais murcha ainda...

-Pode ver essa paisagem maravilhosa aqui a sua frente?

-Posso...- até pensei em sumir, mas não dava... Praia é praia né...

- Então você não é pobre, é rica... Só não está com muito dinheiro hoje.- Tá. Pensei que isso era assunto encerrado, um fora encerrado na verdade e voltei pra minha barraca, depois de mostrar pra ele onde ela ficava. Fiquei em dúvida se ele havia aceitado ou não, mas no final descobri que sim... Fiquei ali, pensando sobre o que ele havia dito. No começo considerei como um choque, como se estivesse me dizendo para ter vergonha de dizer aquilo... Mas entendi que ele só queria me trazer uma visão positiva de tudo, e achei isso muito especial, principalmente por ser já época e um dia de Natal... Voltei para onde ele estava, lhe agradeci pelo sermão e tudo o mais e ele me desejou um feliz natal, ao que respondi lhe desejando também um feliz ano novo... e sim, foi o queijo mais substancial que já comi em toda minha vida!

Mas não é que há pessoas singulares pelo mundo? Que fazem nós vermos nossos problemas por um prisma bem mais diferente... Afinal, o que são meus problemas diante do que é o mundo e suas dificuldades? E sim, eu posso ver, respirar, sentir, sorrir, chorar... mas pelo menos posso um certo... "tudo", não é? Mesmo que agora minhas visões estejam se tornando cada vez mais cinzas...


Mas enfim... Feliz Natal para todos!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Confuso e opaco como uma bolha prestes a estourar.

Às vezes achamos sermos importantes por termos uma ligação especial com um alguém especial no mundo... Será? Será que só assim poderemos ser completos?
Pois, ao final de tudo, deveríamos ser completos apenas conosco mesmo, não é?

É assustador pensar que tudo pode se quebrar mesmo... se esfacelar em pedaçinhos...
E muitas vezes temos medo de voltar pro mundo real, sem idealismo nem romantismo nem aquele alguém pra te ligar quando você voltar pra casa...

Conheci muitas pessoas assim, e as criticava por isso, por não saberem estar sozinhas... Mas, ao final de tudo, quem somos nós para criticarmos alguém? Querendo ou não, você pode acabar na mesma situação... E o medo se transforma em algo bem maior, uma mistura de desentendimento com loucura e o achar e não achar, um sofrimento interminável... uma confusão das piores!
Você acaba perdendo a essência do que você é... ou do que pode ser... e a saída parece mesmo não existir... Algo perto daquele arrepio que sentimos ao tentar entender como Deus nunca nasceu, e como que antes dele não existia nada, sim! O nada do nada existia... se acreditarmos nisso...

Estranho, estranho... tudo parece estranho...

Parece até que faz anos em que estive naquela bolha ali, a frente, feliz, descobrindo um novo mundo, onde tudo parecia novidade, uma bela e maravilhosa novidade! Um bocado intempestuosa, é verdade, mas sim, um novo frescor... Tão intenso que não haveria dúvidas!

Mas agora... ?
Quem sou eu no mundo?
E o que é o amor no mundo, afinal?

Confuso, confuso...
está tudo um bocado confuso...

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Elementos de natal misturados a raiva.

O primeiro dia é preenchido de silêncio. Fica aquela sensação amarga, misturada com raiva... sei não... mas você sabe que teve razão. Sabe sim! E por mais que as paredes formem uma terrível rede de monotonia, você prefere... prefere passar... assim.

Árvore de natal
Solidão, será? Férias, será? A árvore não está nem aí, e continua a brilhar... colorida...linda...
Queria eu ser como uma árvore de natal... aliás, melhor não! Por que esta só brilha uma vez por ano... e nós devemos procurar brilhar sempre, não é?

Foto de criança em uma caixa de papelão ou algo do tipo.

A criança sorri pra mim... sorri pros lados, pra frente... sorri pra qualquer um. Sorte da criança da foto da caixa, poder sorrir sempre... sem esperar nada em troca... Por que, ao final de tudo, é esta a lição não é? Não esperar nada em troca.

Biscoito Cookies

Amo este tipo de biscoito! Vai ver por que seja algo aparentemente ou sensivelmente mais artesanal... que remete à infância... inocência de não precisar se preocupar com calorias... Sorrisos... paz... PAZ.


Leite de Moça.

Lembro que comia ou tomava horrores deste na casa de minha avó parte de mãe! Eu e minhas irmãs, prima, primos, muitas vezes misturando com Nescau... Na época eu nem sabia que ia ser diabética, mas com certeza tomei por todos estes anos em que evito tomar....( Mas ainda tomo, não se preocupem... huhuh)



Misturar tudo: raiva, ressentimento, desilusão... Ou procurar alegria e amor onde não tem solução?

É Natal, é natal, sinos de Belém
Já nasceu o Deus menino para o nosso bem...
nosso bem...
bem...
bem?

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

PAZ.

Sei lá! Você simplesmente tenta entender.... Tenta... TENta...TENTAAA e... BUMM!!!
No final, vê que não valeu de nada. Nada. NADA.
Passando os carros na rua. Perto. Longe. Pertoo. Loonge.
Quem consegue viver assim, em um terrível ciclo vicioso?
Por mais que se ame, se perde... se Perde...se PERDE... e Acaba.

É. Acaba. Mas não por que não se ame, e sim por que não se entende.
Por mais que você tente.
tente...TENTE...
Tudo na vida é tentar, não é?
Tentar amar de novo, tentar sentir de novo, sorrir de novo, tentar ter PAZ DE NOVO.
Será que é pedir demais?
Acredito que não...
e é só o que quero pedir agora... Paz.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A questão de física sem solução.




Física, física,


Das forças,


Seja ela centrípeta, centrífuga,


Sejam elas opostas...


Ação, reação.


Ação, reação.




Questão número 1: Como fazer sua força (seja ela qual for) salvar a pessoa que você ama de se jogar no fundo do poço?




a. Acreditar nela e puxá-la, mesmo que algumas vezes você também seja arrastada junto... numa eterna ação e reação, já que fora ela, há outra força oposta(na verdade um peso chantagista) a sua puxando-a ainda mais?


b.Não acreditar nela, mas mesmo assim ainda fazer força, apesar de que toda vez que você tentar soltá-la ela irá te agarrar ainda mais forte.


c. Acreditar e não acreditar, amar e não amar, odiar e não odiar, perdoar... e nunca mais perdoar... mas aí já é tarde, você já está com ela lá, nesse fundo de poço.






Questão sem solução, mas não pode ser anulada. E agora?




Fugir do poço, por que ninguém mereçe estar nele!




domingo, 5 de dezembro de 2010

A mulher vida e seus questionamentos...


Gosto de pintar, desde que descobri a aquarela... Não era muito fã de nanquim na época, mas com aquarela foi amor à primeira vista...

Hoje pintei uma mulher... apelidei ela de "Mulher Vida", carregando uma grande interrogação nas costas e olhando para o horizonte, apenas se perguntando silenciosamente... "Será? Será? Que existe certeza no mundo? De algo? De amor? De ilusões? De sensações? Será? Será? Será?..." E assim indefinidamente... ela pergunta... por aí... até quem sabe Deus ouvir... ou apenas ninguém... e dúvidas aparecem, aparecem, aparecem... e por isso me ponho a escrever... na esperança de poder crêr que algo bom virá disto tudo... de todos esses intensos questionamentos e desafios... Amor.

domingo, 28 de novembro de 2010

Um encontro de dúvidas.

Já me disseram que costumo ser muito intensa... será?
Sim, acho que sim. 100 por cento sempre... ou quase sempre...
nem sei mais o que quero ser.

Fico aqui pensando sobre o que deve ser perfeito e o que não deve...
Fico aqui pensando se o amor é paz ou conflito ou se é tudo de uma vez... e o que ele deveria ser?
Existe realmente uma regra pra isso?

Complexos....Complexus....
i don´t know.

Eu só quero ser feliz...só isso... e acho que não é pedir demais, não é?

Futuro, passado, presente.
Futuro, passado, presente. Tudo se embola, mistura, transforma...
mas continua aqui, comigo, para onde quer que eu vá.


Tem respostas que parecem não estar na vida...

sei lá, sei lá...

só quero realmente me encontrar... e te encontrar.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A impetuosa imprevisibilidade das pessoas e seu impacto em nós.

Pessoas podem te surpreender mesmo.
Sim, podem. Por mais que você ache que conhece bem uma pessoa que você conhece há não tanto tempo, mas parece conhecer... surpresas acontecem, ué.

Fiquei pensando sobre isso hoje. Por um lado, isso é maravilhoso, não é? Você saber que pessoas serão de alguma forma bem imprevisíveis... quando você menos esperar.
Mas por outro... é chato, sinceramente. Quer dizer, nem sempre você vai ter paciência para adivinhar que pequena palavra pode fazer mudar toda uma conversa, não é mesmo?


Imagine só se cada pessoa viesse com um pequeno aviso, como:

CUIDADO! NÃO FALE SOBRE ANIMAIS EM EXTINÇÃO!


ou...

CUIDADO! NÃO TIRE ONDA DE PESSOAS FUMANTES!

ou...

CUIDADO! SE QUISER MINHA AMIZADE, NÃO FALE PALAVRAS BONITAS!



Tá, ia ser interessante, não acham? Mas também incrivelmente chato !
Ô humanidade sem solução, hein!
Mas vai ver também é essa a solução!
Vai ver que através desses conflitos é que vemos quem realmente se vale a pena ter amizade e quem apenas vale a pena ser seu colega e pronto!

Acho que, com o tempo, estou aprendendo cada vez mais o real significado da palavra AMIZADE... e vai ver que é isso que importa, ao final de tudo.

sábado, 6 de novembro de 2010

The glory box and everything that comes with it.


Existe uma música da banda Portishead, Glory Box.

Caixa da glória? Ou glória da caixa?


Give me a reason to love you...


Onde está a glória ? E aonde está esta caixa, pelo amor de Deus?!

Em cada pequeno momento? Em cada sorriso que a pessoa mais perfeita para mim me dá?


Give me a reason to be...

your woman...


Just want to be... your woman...



Existe a glória de estar feliz por ter feito uma boa ação? Ou de ter reparado uma ruim?

Ou a glória é, afinal, conseguir ser feliz na maioria dos momentos?


Quantas perguntas... só uma resposta...


eu quero sim, ser pra sempre, sua mulher...




Always, always, always, my love...



Em algum lugar, no momento em que nasceu o mundo, um rei soltou uma caixa: dentro dela estava toda a glória do mundo!A caixa se abriu e a glória se esvaiu, acabou virando pó espalhado por todas as terras, misturado a sangue de pessoas, a dinheiro, a vaidade... a poder.


Durante todos esses séculos todas as pessoas vêm procurando-a... mas só consegue a verdadeira glória quem a procura do jeito certo, acredito eu...


E vai ver já achei a minha, estando com a pessoa mais especial desse mundo!

Quem possui a verdadeira glória são os verdadeiros apaixonados, enamorados, loucos,

namorados!



Ame, amar, ame, amar, apenas ame amar...



e seja feliz, meu bem, seja feliz... comigo.





sábado, 30 de outubro de 2010

A dor da confusão.

De longe, diviso. Blusa amarela, cabelos voando ao vento. E um olhar que sei que vai me matar...
mesmo de longe já sei.

Palavras. Gestos frios. Olhamos para as pedrinhas... olhamos, olhamos... o grande e belo mar a nossa frente... E de repente... surgem lágrimas. Não no rosto da pessoa, mas no meu. E elas saem , saem, saem... parece que nunca vão parar... nos olhos já inchadinhos de tanto chorar...

Se aproxima de mim uma hora, tira meus óculos escuros. E me beija.. o beijo mais doce do mundo... Ah... quem me dera fosse sempre assim... quem me dera tudo fosse simples...
Simples como duas pessoas que simplesmente se amam e fazem dar certo.

- Pelo teu olhar já sei que você vai me tirar da sua vida.

Como se eu quisesse... como se eu quisesse!

Às vezes há mesmo momentos em que Deus deixa tudo nas nossas mãos, por mais que você peça a ele que te guie... Ele te dá uma certeza não te dando ao mesmo tempo... e não vou culpá-lo.

"Deus...alô? Você está aí?"

Tu tu tu... (linha ocupada ou aparentemente ocupada).

"Deus....Deus! Preciso de sua ajuda agora! Me ouve, por favor..."

tu tu tu...

E aí que de repente me vem várias sensações ao mesmo tempo... e tudo que eu não queria era estar em um beco sem saída, onde ambas prováveis saídas não são lá muito boas...

Eita paradoxo!


Chuva, desejo, lampejo de olhar mais incrível do mundo. Metades.
Somos ou não? Turbulência. Paz... a paz mais única do mundo, de estar no lugar certo...
mas na situação errada.


Loucura. Raiva. Olhar vidrado numa paisagem que não me inclui mais.
Luta de forças. Embora... Vai embora... Espetáculo para todos que nos vêem na rua. E eu observo, se indo... a pessoa que mais amei e amo na minha vida...

O amor verdadeiro, mas confuso, dói mesmo... e um bocado.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O medo da distância e a dor do partir.

Dor... do partir...
Ninguém quer sentir... a dor... do partir... mas sente. Alguma hora na vida sente.
E eu, que jamais pensava que iria sentir tanto... antes mesmo de ser a hora de sentir.
Já sinto falta do teu beijo, do teu cheiro, do teu abraço, das suas palavras doces...
já sinto falta da paz que você me traz, e do bater mais forte do meu coração esperando te ver ou apenas esperando você atender o telefone... :)

Vai ver que caí mesmo na sua rede, minha metadezinha...
É. Caí.

-Por quê a distância às vezes traz medo?
- Por quê traz, oras!
-Ah... mas não é tão simples assim...
- É, eu sei que não... eu sei que não... eu sinto que não...
- Saber que quem você ama está lá loonge... caramba, isso é difícil!
- É,mas essa pessoa não estará tão loonge assim...
- Não? E se por acaso essa pessoa mudar? Voltar totalmente diferente do que eu conhecia?
-Não... por quê ela é sua metade, e duas metades, por mais que estejam longe, e por mais que demorem a se reencontrar,
continuam a se completar ao se reencontrarem! Simples assim... podem até mudar, mas na essência continuam as mesmas!
-Sério?
-Sério! Então se acalme...
- Tá, tô mesmo mais calma... valeus aí pela força...
-De nada... para que serviria sua consciência mais branda se não para isso?

Risadinhas soltas...


Te desejo toda a felicidade do mundo, meu amor...
e quando você voltar, estarei aqui, te esperando...

domingo, 3 de outubro de 2010

A porta de estrelas... e você e eu.

Obs: leiam esta postagem, se possível, ouvindo esta música: NEW RUBBERS- PSAPP
(tem no youtube, se eu pudesse colaria aqui, mas como está dando problema...)
Mas independentemente da postagem, a escutem , pois vale muito a pena! :)



Estava eu estudando à beira da meia noite... quando de um assomo hipotético, louco e assombroso a porta se abre, revelando um belíssimo céu azul-escuro, repleto de estrelas! E ouço uma voz suave chamar meu nome... e me iluminar os olhos, que iluminam ainda mais meu quarto semi- iluminado...

Você... me diz... você... me sorri, através de doces e delicadas palavras, que começam a brincar dentro de mim, e fazem jorrar lágrimas de felicidade em meu coraçãozinho apertado...

Junto com o som vem o amor,

junto com o amor vem o futuro,

junto com o futuro vêm os planos,

e com eles... toda a nossa futura realidade desenhada já em pensamentos,

um esboço concreto do que está por vir...


As estrelas nem esperam e alegres adentram o quarto,

os sentimentos se esparramam pelo chão e teto,

os sorrisos voam leves pelo ar,

e tudo se mistura em um feliz liquidificador de felicidade...

por quê é isso que importa, não é, meu amor?

É agente ser feliz!!!



E o resto... é apenas resto.


sábado, 2 de outubro de 2010

No final tudo dá certo.

Teus olhos me fitam... assim como os meus te fitam.... marejados de lágrimas... de amor.
Sou tua, nada muda. Sou tua, filme repete, mas a vida não;é você, você, você!
E dane-se quem não souber!

Força, força, força para mudar
o que já devia estar lá,
no mundo.
Nesse mundo abstrato e que tantas vezes
se faz de complicado
por quê apenas quer, apenas quer...
mas nós queremos mais forte que ele, e é isso que importa, afinal...

afinal, ao final de tudo...
sempre acabamos nos reencontrando e, sim...
tudo finalmente dá certo! :)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O grito.


Grito que sufoca dentro de mim...
Te quero! E como te quero...
E nem adianta explicações, lógicas, instituições...
bate esse medo de que o "certo" te leve pra loonge de mim...


E quando tudo se perde no meio de tanta dor,
nem se sabe mais onde quem errou ou não perdoou...
te amo como jamais amei alguém...

e não é preciso mais nada para explicar isso, droga!

domingo, 26 de setembro de 2010

Nova chance.

Eu quero você e mais ninguém na minha vida. Vim me tocar mesmo hoje... mesmo tão machucada... Esse é o problema... e a solução, se você quiser achá-la.



Dúvidas permeadas de delírio, desejo, ilusão,
amor, medo, lágrimas, sorrisos, felicidade, a maior felicidade desse mundo... até o problema acontecer... e quase destruir tudo. QUASE. Chegou perto, mas ainda não foi dessa vez...

Mostre mesmo que você merece essa chance, e eu te darei tudo, tudo...




vai ver sou mesmo besta, ou vai ver você é mesmo minha metade...

o tempo e a vida dirá, não é?
Mas você pode muito bem dar uma ajudinha a eles...

sábado, 25 de setembro de 2010

A menina, a parede e o menino inconveniente.







Uma menina, encima de uma escada, bate incessantemente com um martelo em uma bela parede pintada de diferentes cores. Tem cabelos escuros, olhos penetrantes, branca como branca de neve...

Um menino passa e pára. Ele é sardento, possui cabelos claros, e é branco... branco quase como a neve...

Pára e olha para menina. Olha preocupado.


Menino - Por quê você está aí? O que está fazendo?

Menina - Não é da sua conta! Tudo que eu faço diz respeito a mim, e mais ninguém!- diz, enfurecida e voltando a bater seu martelo com raiva na parede.
Menino -Ei! Mas essa parede é tão bonita...
Menina - Não importa! O que interessa é que ela atrapalha minha vida... e muito! Tenho que destruí-la de alguma forma!
Menino- Mas... o que foi que ela te fez? Me diz...
Menina - Eu vou te dizer mesmo o que ela me fez... O pior que uma parede poderia fazer: me fez feliz! Me fez ver o mundo através dela, como se tudo fosse belo e perfeito, onde tudo é possível... e não é! Eu ,pelo menos, não quero que seja!
Menino - Mas e ela? Você perguntou a ela o que ela queria? Se ela te fazia feliz, também devia ser feliz em te fazer feliz, não acha?
Menina pára, pensa um pouco... por um minuto, talvez.

Menina - É, acho que sim... mas não importa... não mais. O que importa é o que eu quero, e todo mundo tem que arcar com as consequências!

Diz isso com tanta raiva e eloquentemente que sua escada balança e menina quase cai, mas menino segura fortemente a escada e a salva.
Menina- Obrigada, menino inconveniente. Apesar de tudo, você até que é legal... Sei que só estou te conhecendo agora, mas sinto como se te conhecesse há mais tempo...
Menino - Engraçado, eu também... Estou eu aqui a sentir esta extrema necessidade de te alertar para algo... não sei... talvez te pedir para não destruir essa parede assim, com tanta pressa... sinto que irá te fazer mal...


Menina ri.

Menina- Mal? Que nada! Ao contrário, só me fará bem! Destruindo essa parede, tudo voltará a ser como antes, entende?

Menino- Bem... entender mesmo não entendo... só te digo que, destruindo-a, você não terá mais seu apoio em nenhum momento, e terá que arcar sozinha com todas as consequências em sua vida... entende?
Menina- Bah! Acho que entendo sim... afinal, sou jovem!
Menino - Sim! E é justamente esse o problema... você não entende as proporções do que irá acontecer se você destruir essa parede completamente! Só irás sentir mais fortemente lá na frente, quando for mesmo tarde demais... e aí sua dor vai ser solitária... e acredito que não há nada pior do que sentir esse tipo de dor... eu mesmo, vivo fugindo dela!
Menina - Pois é... vai ver a diferença entre eu e você seja essa... você é corajoso, já eu não...
Menino - Para dizer a verdade, não acho que isso seja uma desculpa mas enfim... se você prefere se considerar mesmo uma covarde, é o que serás... para sempre...
Menina se sente ainda mais enraivecida e começa a bater o martelo mais forte por onde alcança na parede, quando finalmente sente que ela está cedendo. Bate, bate, bate, rachaduras aparecem. Bate, bate, bate, grandes aberturas e buracos acontecem. Bate, bate, bate, quando tudo amolece e...






a parede, antes tão colorida e delicada, desaba, virando pura poeira...

Menina quase cai, mas o menino a segura. Os dois tossem , observando a poeira baixar e...


Menina- Aí está, menino! Aí está!
Menino - O que está, que ainda não consigo ver direito?

Menina- Aí está o que me fará ser igual como antes! Escute... eu sei que pode ser pedir demais, mas se não for, gostaria de lhe pedir um favor...



Poeira baixa e menino finalmente divisa, dentre os escombros, uma grande e enferrujada grade, um triste e terrível cubo de prisão.

Menino diz, assustado - Diga-me, o que queres por final?
Menina- Quero que me tranques aí dentro, com esta chave, que só eu tenho... e a destrua, para que eu nunca mais possa sair... tudo bem?
Menino a olha, triste... sente um enorme pesar... mas respeita.
Menino - Tudo bem... se é esta sua decisão, te ajudarei sim!

Menina, com lágrimas nos olhos, abre o portão enferrujado e entra, tentando sorrir. Fecha e entrega a chave ao menino, que, se sentindo terrivelmente mal, a tranca.

Menino - Desculpe, tenho de ir... a vida me espera.... e ver tal imagem não me deixa nada feliz... Não posso ficar... se eu ficar um pouco mais, é capaz de teus olhos me prenderem junto a esta prisão tão terrível, e não haveria nada que me deixasse mais infeliz!

Menina olha para ele meigamente...
Menina- Sim, eu sei... Talvez, em outra vida, poderíamos ter mesmo nos conhecido melhor, não é?
Menino - Não acredito nisso. Só sei que a vida que eu vivo é essa de agora e você está desperdiçando-a... mas eu não não a desperdiçarei junto... Adeus menina... espero que você um dia entenda minhas palavras...






Menina agarra menino e o abraça, quase sufocando-o. Ele chora junto com ela, lhe dá um beijo e um adeus e, olhando-a pela última vez, se vai... Ela se torna apenas uma sombra branca, pouco iluminada e esmaecida ao longe, cercada de feio cinza...






O menino carrega a chave consigo, mas não consegue destruí- la. Resolve então deixá-la no caminho por onde viu a menina vindo, para se por acaso ela mudar de idéia, de alguma forma pegar a chave e se libertar... Pensa que fez o que podia e apenas resolve seguir, ainda triste, mas de consciência limpa por ter feito o possível... e impossível.







E chora, chora, chora... o choro dos inocentes... assim como ela.




quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Eu e a vida fria.

É tão bom quando alguém ouve seus problemas...




mas, ao mesmo tempo, há momentos em que tudo que você quer é ouvir




o problema dos outros, só para não lembrar dos seus... num bom sentido, claro...se é que ele existe!







Fria. Ser fria. Às vezes a vida chega para você e diz:








V- Você sabe que tem que ser fria, não sabe?!
Eu-Sei, sei, mas...
V- Mas o quê?!
EU- Olha só quanta coisa bonita eu teria que esquecer...

Nasce árvore de coisas bonitas:
Alegria, Amor, Sonhos, Planos...

Vida olha com desdém .

V- É... mas pelo menos você esqueceria também as coisas ruins... percebe?

E faz surgir a árvore de coisas ruins:

Medo, Desconfiança, Insegurança, Dor, Confusão...

Eu olho, chocada mas começando a entender...

EU- OH, sim! Percebo... e como!

Pego no braço da vida para chamar sua atenção.

EU- Tudo que eu quero é ser feliz!

Vida olha, finalmente mais compreensiva...

V- Claro que sim... é o que todos querem... Mas não se preocupe, você será... por que se inicia agora uma nova etapa na sua vida... e não há mais como voltar atrás...por que você mudou!

Paro para pensar nisso...

E não é que é verdade?Mudei! Independentemente se para melhor ou pior... amadureci, e é isso que importa...
Agora, é só seguir em frente...



















...assim como todos nós seguimos depois de uma longa e confusa fase...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Eu e a vida.






Hoje percebi que não posso mandar em tudo na minha vida...


Deixei a água escorrer pelos meus dedos, e subitamente me lembrei pequena, quando sentia ter o poder nas mãos fazendo isso. A água ia, guiada por eles, como algum tipo de poder, para longe... Foi bom fazer isso.










E tantas vezes pedi a vida que algumas pessoas não fossem apenas fases... mas ela não me escutou... ou se escutou, foi pouco...

Tenho parar de ser tão exigente em relação a isso.

As coisas vão acontecer do jeito que têm de acontecer... e pronto!


E eu entendo por quê é tão difícil enfrentar a realidade... quem não gostaria de viver eternamente em um sonho? Um sonho tão bom, mas tão bom que se faria tudo por ele, até esquecer que sua própria essência já se haveria dissipado...











Hoje fiz uma maravilhosa descoberta! Fui para a fono e lá

constatei algo que eu desconfiava mas que agora já é quase certeza: minha voz voltou ao que era! Não exatamente igual, por que faz tempos que não faço exercícios mais puxados e evito cantar, mas está boa e pronta para próximo ano voltar ao canto erudito!

Foi uma sensação única, depois de um ano tratando-a e com medo dela nunca mais voltar... uma grande e velha amiga... me senti bem como há um certo tempinho não me sentia...









Eu sabia que teria de ir embora
Embora do seu coração
Coração pautado de gelo
Gelo derrete na mão
Mão que tocou a tua
Tua beleza que me encantou
Encantou o brilho dos meus olhos
Olhos onde lágrimas brotaram
Brotaram e ainda não sararam...
a solidão que restou...
no vazio...
que você deixou...

Adeus, para nunca mais...
amor.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Eu e as flores.


Hoje senti um leve sopro de esperança... de paz na verdade...


Foi enquanto passava de carro pela rua, as flores balançando e acenando para mim; um dia ensolarado, bonito, mar cheio de garças. Elas pareciam querer me dizer ...

"Não se preocupe, Drica... o mundo está cheio de maravilhosas plantas e espécimes de flores novas para você conhecer!Não desanime!"

Sorri e acenei de volta...


É...vai ver elas têm mesmo razão.



segunda-feira, 20 de setembro de 2010

E PONTO FINAL.

E alegrias...
E sorrisos...
e incertezas, insinuações...
bater de olhinhos e cílios...
beijos cálidos e ardentes...

E tristeza... tristeza... chorar...
o canto da alma triste...
e sentir... sentir tão forte de não conseguir respirar...

E certeza... e incerteza...
e certeza completa... e doar de corpo e alma...
e incerteza...
certeza, incerteza, almas gêmeas,
amor, amar, não amar, doer, sonhar, esquecer, ceder, perdoar,

sorrir, abraçar, aquecer, conversar...




...E PONTO FINAL.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Vida imperfeita mas feliz...

Me escrevo neste silêncio.
Sorri, sorri, palavras!
Sorri, sorri, pensamentos!
Sou isso, este momento.
Este cálido bater das asas da imaginação...

Me dissolvo em amor,
misturo-me em suspiros ardentes
e mesmo assim ainda temente...
a Deus.


E mesmo assim... ainda crente...
na arte e em tudo que ela me traz...


Amo minha família, amo meu amor,
amo os verdadeiros amigos,
mas minha vida nunca será perfeita, e nem deveria ser, não é? ;)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Conspirações do universo

E (...) olhou para mim.

E olhei para (...).

Nos reconhecemos. Nos percebemos.

Por quê não consegui te definir a primeira vista?
Vai ver por que tantas e tantas coisas se definiriam juntas, entre nós, com o tempo, não é?

- Pega minha mão, vai...

- Tá... pego... vem cá, vem...- baixinho, baixinho, praticamente sussurando no meu ouvido...

Uma hora parece mesmo alguns minutos, alguns minutos parecem mesmo a melhor coisa do mundo, o paraíso...

Por quê tudo é tão certo contigo? Por quê?

E a cada dia que passa, tuas ações e pensamentos e beijos me fazem entender...
o universo conspirando a nosso favor.

E tudo, tudo faz sentido...

Só não faria se eu não passasse o resto da minha vida contigo...



Te amo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O valor do outro 2.


A verdade é que não preciso de permissão de mais ninguém para ser feliz... só tua.
Tua e somente tua... quero-te sempre, sempre, para todo o sempre... não para ser romântica, não para ser provocadora, não para ser um alguém de sucesso e sim...
por quê tu é minha metade e confesso que não te ter comigo pelo resto da minha vida me faria fraca e incompleta...

Professora diz: - Quanto é 2 mais 2?

- 4! - todos gritam. Mas, ainda pequenos, mal sabem ele o quanto grande é esse 2, o quanto valioso, o quanto determinante será em suas vidas... isso se eles o encontrarem e não o deixarem ir ou perderem-se pelo caminho...

Engraçado ter podido entender isto apenas agora, te encontrando...

mesmo que nosso 2 mais 2 seja igual, talvez, a 5...


Te amo.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ressignificando um beijo.

Nem sei mais o que te dizer...
nem falar...
nem cantar...
só posso te puxar pra bem perto de mim e assim,
como quem não quer nada... te beijar, sufocando
todo o medo e desilusão e trazendo de volta
toda a vida que nosso amor têm...
Por que nosso amor é tão, tão único...


E te amo.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O piano e seu talentoso aprendiz.

Hoje fui ver Arnold e suas aventuras na casa de uma grande amiga.
Estamos lá. Vendo, sorrindo a beça... quando escuto uma melodia...
tão bela... que nem parece real... e sigo... sigo...
e chego até a sala, onde o irmão dela toca a Valsa número 2 belamente...

Paro, inebriada por tão bela cena... e vou me sentar perto dele...

Seus dedos tocam o piano como se fossem pernas da mais graciosa bailarina, roçando suavemente ao vento... mas são teclas. Repentinamente, durante a triste mas suave melodia, um acorde de violência invade e ele o toca como se a bater um martelo... Nem parece ter apenas quinze anos...

E a música me toca... logo naquele pontinho em que eu tanto insistia em não tocar...

Como eu te amo, música... apesar de tudo... como eu te amo!

Um dia colorido...


Hoje o Sol me sorriu.
Sim, sorriu!
Olhou para mim bem brilhante e me disse:
- Olha, Adriana, como faço o dia estar lindo!

-É verdade, Sol, nada tenho a contestar! - Sorri.

-Isto, querida, sorria, não é dia para tristeza!

-Não, não é mesmo, senhor Sol, pode deixar que não ficarei triste!


Com seus raios, iluminou meu caminho, agora só... mas ainda é meu caminho...

Plantas me saudaram na rua, quando passei... se balançando para lá e para cá...
Verdes, cores fortes, nesse dia tão tão colorido...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A menina e os objetivos de cena.


Uma vez um grande pensador e gênio do teatro chamado Stanislávski escreveu em seu livro que, durante uma cena, se deve ter pensamentos específicos, curtos, para lhe dar maior autenticidade.


E na vida também serve?



CENA 1


Ela chega em casa. Vai até seu quarto, olha sua parede. Liga a Tv. Abraça sua bonequinha.

Sorri. Lê sobre dinossauros. Pensa. Estuda livro de Stanislávski. Reflete. Faz sua tarefa do conservatório. Se cansa. Cansada. Dorme , embalada por densos pensamentos...


CENA 2


Ela acorda. Está feliz por que hoje encontrará suas amigas. Não vê elas há um bom tempo...

Anda no shopping, almoça. Sorri. Conversa. Igual a todo mundo. Ela é igual a todo mundo, não é?

Tira onda, faz palhaçada. Amanhã tem ensaio, pensa. Anda, compra top. Encontra mais conhecidos no caminho. Atualiza vida com melhor amiga. Sorri. Pensa. Sorri. Pensa.


CENA 3


Dia de ensaio. Toma café, dorme de novo, estuda. Pensa.

Almoça, corre. Chega ao ensaio. Sentir, pensar... fluir...fluir...

nada de mundo. Ela é diferente de tudo, de todos.

Teatro... fluir... pensar... sonhar... imaginar... chorar... sorrir...

loucura... tudo junto... Tudo junto... em sentimentos que percorrem seu corpo...

É, teatro, sua certeza... única certeza na vida, junto com a música.


CENA 4


É a vida. Ela... ela... ela... tendo que ser seu centro de mundo.


Assim como todo mundo, não é?

Todo mundo é seu próprio centro do mundo... e todos estão certos, não estão?


Quem dera ela ser como todos eles... quem dera... quem lhe dera...



CENA 5, CENA 6, CENA 7... e por aí vai...


pois em sua vida nunca haverá o fechar de cortinas...


só e apenas quando ficar velhinha (é o que espera... huhuh ).



Boa noite a todos!






segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A parede branca do meu banheiro.

Banho. Água quente escorrendo pelo meu corpo...
Olho. Para a. Parede. Branca... tão branca... parede...como meus pensamentos...
Brancos... brancos pensamentos...

Lente de aumento. Parede. Branca.
Me olha. Me pergunta. Me faz pensar.
É tão pacífico encarar teu infinito, parede...
sem pensar... sem pensar em nada...

Calma de pensamentos.
Brancos.
Por que são brancos, brancos pensamentos...


Por mim passava a vida inteira assim...
mas eu sei que, para eu mesma, não seria suficiente.

Por isso me contento a te olhar apenas enquanto me banho...
Quando me anulo em ti, me anulo do mundo...

sábado, 4 de setembro de 2010

O passarinho de vidro.

Fui hoje para Olinda. Mimo.
Barzinho. Uma vista belíssima.

Copo me olha... olho o copo...
vidro, reluz, transparente, mas rebate a luz da vela posta na mesa.
Ambiente acolhedor, mas frio.

Copo. Penso. Poderia se transformar em um pássaro de vidro e voar... voar por toda
a vista, descobrir o mundo, sem medo, sem horizontes a seguir nem nuvens pré- determinadas...

Voa, passarinho, voa!
E descobre o mundo

sem ninguém para te prender...
sem ninguém para te chorar...
sem ninguém para te quebrar...

voa, livre.
voa, liberdade do passarinho de vidro...
tão belo, mas tão sozinho...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O texto, o teatro e a bula de remédio.

Uma vez, durante esse tempo em que estive estudando Artes Cênicas na federal, ouvi um professor dizer:

"Tudo pode virar um texto teatral! Até mesmo uma bula de remédio ou embalagem de shampoo! Basta você saber dar as intenções necessárias!"



Ouvi, achei engraçado. Mas nada de muito real.

Vocês têm que entender que nem sempre fui muito extrovertida... é...



Época de colégio, quando o professor perguntava quem gostaria de ler em voz alta um texto, geralmente eu nunca pedia, e admirava a coragem dos que se colocavam naquela situação, por livre e espontânea vontade. Quando, por acaso, eu era escolhida para ler e TINHA pois que ler, me batia um nervoso tão grande! Muitas vezes confundia as linhas e mal percebia o que estava lendo! Morria de medo de gaguejar...









Faculdade. Chego. Conheço.

Vou aprendendo. Teatro.

Teatro te liberta, de muitos medos, das vergonhas... mas só se você deixar.

Senão, continuará ali, presa em seu próprio mundinho cômodo, onde os medos se amontoam e você se encolhe diante deles...







Ontem, pois, decidi mudar mais essa situação minha. Resolvi enfrentar mais esse nervoso.



Professor diz:

"Quem se oferece para ler?"



Olho para ele, deparando-me com o silêncio da turma, e resolvo arriscar:

"Eu!"



Calma, não tão empolgado assim ainda,pois estava nervosa ainda...


"Eu?"

Professor diz que sim, é dada a largada...



Olho para o texto, ele olha para mim. Por quê tanto nervoso para lê-lo? Começo a tentar decifrá-lo mais, como se estivesse no palco, por que afinal de contas estou no meio de ouvintes que mal estão olhando para minha cara e sim para seu próprio papel, prontos a te ajudar e orientar no primeiro errinho...



"Nelson Rodrigues foi..."

Tum -Tum-Tum

"um grande escritor a quem sempre admirei..."

Tum .Tum.Tum

"e suas peças me trazem uma liberdade incrível..."

Tum...Tum...Tum...



Calma... Palavras! Elas estão aí para serem interpretadas, Adriana! Não se pode lê-las sem emoção, imparcialmente, a não ser que isto seja pedido. Mas como agora não... VOU ME SOLTAAR!



Hahaha.

Calma... só li tentando mesmo interpretá-las, saboreando cada consoante e vogal, como uma deliciosa refeição! Queria passar para todos ali o sentimento do autor do texto, queria fazê-los rir se era a inteção, fazê-los pensar, outra intenção... mas, o principal e primordial de tudo...

fazê-los prestar atenção ao que estava sendo dito.



E acredito ter conseguido, de certo modo... Sei que por outro lado pode ter sido apenas impressão minha, e pode ter sido apenas por que o texto era importante e tudo o mais mas... não há nada mais empolgante do que tentar dar vida a algo que, primeiramente, você sabe que se leria ,muitas vezes, de um modo morto...



Palavras têm vida! E como tem!

Aprendi então que o teatro, quando está realmente arraigado em você, mesmo que suas raízes ainda estejam crescendo... te acompanha para qualquer lugar, seja ele qual for, em qualquer momento e situação!



Enfim... me sinto sortuda de fazer parte dele... e feliz por ainda conseguir achar maneiras de descobrí-lo nos lugares mais inesperados, desde um texto de sala até,quem sabe, uma bula de remédio...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Meu e seu, só nosso.

Fala entrecortada. Sabor do novo, experimentado. Desejo... sabor de ser.
Sabor de saber... saber... que há mesmo alguém para você.
Frio, me acalma. Calor, me banha. Irracionalidade. Sensibilidade.
Choro, lágrimas.
Sorriso. Saber novamente. Sentir novamente. Livre, amor, persiste.
Tensão. Descoberta.
Me completa, me completa!
E vem me buscar... sempre... sempre... me busca...e abre os meus olhos, e abre minha mente, e me sinto tão bem...
Voaremos mesmo juntos até nossa liberdade... e não está nada longe, acredite...
Acredite meu amor... está ali, pertinho, a cada novo dia em que te vejo sorrindo, que te sinto me abraçando, que percebo teu coração batendo... juntinho com o meu...
a certeza que cresce dentro de mim.
A certeza escrita em todo o universo que conjuga os caminhos de nossas vidas e futuro...
Meu,seu, só nosso.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Um dia muito bom.


Há dias que são realmente bons, não há como negar...

Hoje foi e está sendo um deles... apesar de alguns estresses comuns que costumam acontecer...


Amo. Sorriso estampa meu rosto. Caminho na avenida, ouvindo "Time to Pretend" e me sinto a pessoa mais feliz do mundo. De repente quero reparar em cada coqueiro, cada onda do mar, sentir cada passar do vento em meu rosto, se juntando a melodia da da música e a beleza da lembrança de um rosto... um rosto tão belo... e só meu... e mais de ninguém.


Pessoas olham, devendo pensar de onde vem tanta alegria. Vai ver pensam que sou mesmo doida... É, doida... doida de amor, de preenchimento, de tanta felicidade que o mundo parece mesmo o lugar mais lindo de todos!

E agente ainda pensa que filme é apenas filme... nossa, pois me senti tanto como se dentro de um! Por que se pararmos para pensar a vida de cada pessoa é mesmo um filme... uns mais violentos, outros mais tristes, outros muito felizes, outros incrivelmente heróicos... e outros tudo isso junto!


Mas sinceramente... eu não gostaria de fazer um filme sem amor... ô coisinha mais sem graça viu...


E vocês? Quais as cenas preferidas no filme de vocês? E as mais detestáveis? Por que estas, sinceramente, faz um bem enorme deletar...

mas nem sempre isto é uma escolha.





Brigada, amor, por me fazer deletar tantas e tantas coisas que me faziam mal...





Amo amar você.






;****





sábado, 31 de julho de 2010

A meninadiabólicasegurandomundonasmãos.


-Escreve.

-Mas...

-Escreve, droga! Não tô perguntando não, velho!

-T-t-tá...

-Tá nada! Escreve e depois fala!




Às vezes agente tem que sufocar a mente para conseguir colocar para fora algo de interessante...

E em muitos desses momentos, mesmo assim, no final das contas, você não têm mesmo nada de útil ou interessante para falar...aliás, escrever.


O que fazer? Somos todos humanos, sim? Nem sempre iremos acertar... mas admiro as pessoas que conseguem, admito.


Hoje li uma peça interessante: Valsa Número 6, de Nelson Rodrigues, Alguém de vocês já leu? Não? Pois, por favor, vão correndo lê-la!

É so que... ela meio que me fez pensar...


Menina de 15 anos, assassinada, se libertando apenas no mundo do inconsciente, mas um inconsciente morto e cheio de mágoa, trazendo toda a negatividade embalada em nostalgia infantil e adolescente...


E quem não já foi assim? Cheio de mágoas?

Ninguém?

Eu bem que queria que ninguém fosse assim... pelo bem de todo o mundo, inclusive o meu... (sem querer ser egoísta...).


O que é loucura?

Do nada sinto como se pudesse definí-la, tanto dentro dos outros como de mim... mas principalmente de mim.


O que fazer quando você se percebe diferente?

Tantos fazem nada. Tantos fazem muito.

Eu quero fazer muito, muito... mas será que é apenas por que ainda sou, de certa forma, "jovem"?


Dizem que os jovens têm o mundo nas mãos... será?

No fundo do meu coração, admito, eu acredito que sim. Mas há situações em que,

meu deus... me parece que o mundo está mesmo perdido... e me vem uma tristeza tão grande... e um medo...


Medo das ruas, dos olhares maus, do escuro, do silêncio de uma estrada deserta,

do frio nada acolhedor, dos sentimentos ruins... do abandono da vida em que tantas pessoas vivem e eu ainda não fiz nada para mudar.


Mas tenho que fazer algo , não tenho?! Não só eu, mas todo mundo! Seja jovem, adulto, velhinho, sei lá mais o quê!

E tudo isso por que, apesar de tudo, tantas vezes sinto como se ainda não tivesse encontrado meu lugar no mundo...


aliás, encontrei.



Mas sempre aparecem indecisões para tentar me atormentar e acabo me desacreditando.



Só peço uma coisa: não deixem se desacreditar do que vocês amam, jamais. Por que no final das contas, não são as pessoas que te fazem isso que irão sofrer, mas você, diretamente, por tê-las escutado e desistido dos seus sonhos...


E sabe de uma coisa? Eu estou BEEM LOOONGE de desistir dos meus...


Será que há mesmo, em algum lugar, uma menina diabólica segurando o mundo em suas mãos?
Loucura,loucura... mente, cabeça impura.
Loucura.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Feliz.

Tentei me achar,
me perdi.

E me achei,
e me perdi de novo...

e pedi, pedi a outros que me ajudassem...
alguns me mostravam algo, outros me indicavam caminhos errados.


Me perdi, me ganhei, me perdi de novo, e perdi, perdi... posso até ter chegado ao fundo do poço...
e aí te achei.

Mesmo sem saber o quanto queria te achar... sem saber exatamente o que procurar...
te encontrei.
E me maravilhei, me assustei, diante de tanto amor, tanto desejo, tantos sentimentos ao mesmo tempo... vai que a vida estava a me pregar mais uma vez uma peça!

Mas não...não era. Tão perfeito foi, tão perfeito é, que estranho seria não ter te conhecido,
pois é mesmo como se te conhecesse há tanto tempo... como se você devesse ter estado desde sempre em minha vida...

E posso sorrir, chorar, me alegrar, ficar com raiva, que tudo acaba assim com uma simples risada sua!
Assim como sua preocupação se torna minha também...

e tudo, tudinho vale a pena.

Até as briguinhas mais bestas por motivos mais simples possíveis.


E vai que agente tem que se entender... e se entende.


Te desejo para sempre,
e te prometo o sempre , mesmo que para tantos, ele não exista...
mas faço existir, se é por você...


E é tão bom, tão bom te ter...

feliz... faz-me você.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Os tortuosos corredores da mente... e das pessoas.

Teu sorriso de escárnio
enternece minha carne
teu desprezo infundado
desperta minha força

Sorri, diabo,
sorri... nas faces das pessoas
que colaboram em tentar me destruir...

Mas quanto mais você sorri,
mais me fecho, mais me entrego
a este ego meu
a esta vontade interior
de ser quem eu quero,
de sentir ao máximo
de fazer o melhor que eu posso pelo que amo...e por quem amo.


Loucura descabelada,
vaidade reconquistada,
sou boazinha , sou malvada,
sou nada! NA- DA.

E por isso mesmo posso ser tudo... pelo menos para mim.



Caminhos de inveja,
tortuosos corredores chorosos,
por onde escorrem lágrimas podres,
dor de um pretume assustador,
roxo de uma raiva antes tão interior...


mas não, não; repito, sou superior.
Não! Não!
Sou superior!


E ao final de tudo,
ao final de tudo... sempre encontro o teu amor...
O teu amor... que me deixa assim...
achando que o mundo é uma enorme flor...
cheio de pétalas para irmos descobrindo, uma a uma...seu valor.


Anseio pelo teu próximo beijo...
E até lá... "Cala-te, desejo!"

terça-feira, 27 de julho de 2010

O vento prateado e a menina teimosa.




A porta abre, frio traz... vento prateado, de longe que se vai.


"Vento, ô vento, para onde vai? Me espera, me leva!"

"Não, não," - diz o vento prateado- "Estou por demais ocupado, criando tornados em países muito mais temperados!"


Menina teimosa, segura-se em sua cauda. Com ele vai longe, looonge... tão longe que acaba se esquecendo de quem é. Se torna parte do vento, com ele toca como brisa o rosto de belas crianças, de belos jovens, de belos adultos, de felizes idosos em uma tarde de leve sol...
















Mas também com ele cria furacões, destrói casas, fazendas encantadoras, pessoas que não tiveram como escapar, lágrimas e gritos se somam ao vento prateado, que se torna preto.
Menina acaba se tornando preta também, nem mais se reconhece...








Vento porém se torna velho, cansado de tanto preto que carrega em suas costas... O céu o chama, dizendo que seu tempo de ser renovado e trocado chegou. Ele vai... e com ele a menina dentro.


O céu é por demais grandioso;menina percebe, olhando em cada fresta de luz e em cada alma reluzente existente ali...


De repente, chega um senhor perto dela... não é exatamente um senhor, mas também não é exatamente um jovem... Mas em seus olhos de imensa grandiosidade se nota intensa pureza e redenção. Menina se deixa mergulhar neles, e se percebe voltando a ser quem era, apenas uma menina feliz e curiosa sobre o mundo... Suas marcas de preto saem, e ela sorri para o espírito branco:


"Volte, menina, para sua casa, que seus pais lhe esperam..."


Pais? Já tinha quase esquecido deles... Mas de repente... Pá! A lembrança volta... Rostos sorridentes, carinho, amor, abraços, calor materno, segurança... longe da maldade do mundo...






Uma portinha se abre no céu, por onde ela divisa pela fresta aberta todas as sua lembranças com seus pais. Olha para o espírito, agradece, sorri com os olhos, chora com o coração, promete ser uma pessoa melhor com a mente... e o espírito a compreende. Se abraçam, e pela porta ela se vai, voando, até cair de repente em um enorme redemoinho de sensações, sentimentos e revivais de tempos que ela pensava jamais voltarem em sua vida...


Chega finalmente em casa, onde os pais a recebem como se jamais tivesse partido, mas mostrando o quanto sentem sua falta. Já mais velha, olhando pela janela, sente um leve vento tocar em seu rosto, brisa suave de um vento renovado e feliz... Sorri, mesmo sem saber mais exatamente o por que...























































































domingo, 25 de julho de 2010

O caminho.


-Vejo um caminho... você vê?

- Não... Ainda não...

- Pois eu vejo... por quê você não vê?

- Por que eu não sou igual a você... pelo menos não completamente...

-É?

-É.

-Caramba, e eu nem tinha percebido... ainda bem que me toquei agora... Tchau.



-Oi. Tudo bem?

- Tudo...

- Escuta...

-Sim..?

- Vejo um caminho ali... você vê?

-Hum... você tá falando exatamente do quê? Daquela parede cheia de tijolos ali?

- Ah... sabe de uma coisa?

- O quê?

- Acho que somos diferentes.

- Como você sabe?

- Eu simplesmente sei, já deu para perceber, simples assim...Então adeus...

- Tá.Tchau.


Caminhada... caminho... passos... pegadas... Práaa! Caio. Esbarro. Em algo. Ou alguém?


-Oi. - me diz.

-Oi...-digo.

- Escuta... tais vendo uma luz ali?

- Hum... na verdade, tô... mas vejo mais um caminho do que uma luz, sabe?

- Ah... pode ser... parece ser meio que os dois... um algo misturado...

- É, exatamente!

- Um mundo bem diferente desse, né?

-É... bem mais bonito né, de certa forma...

- Não.

-Não?

- De certa forma não, de várias formas!


(risos)

Olhares. Sentidos. Sentir.

Toque. Tentativa de toque.

Beijo. Beijos.

Suave farfalhar de cílios.


- Ei... sabe de uma coisa?

- Não, ou sim... acho que sei...

- Vamos para lá?

- Eu e você?

-Sim, sim...

- Hum... posso pensar?

-Quanto tempo você quer?


Dias. Meses talvez. Idas e voltas.

Choros e não choros. Sorrisos e paciência. Compreensão e verdades.

Palavras de maldade. Palavras de desculpas. Perdão de ambas as partes.


- Ei...

- Sim?

- Eu quero ir...

- (sem palavras)

- Eu quero mesmo ir... por que se não for contigo, não vai ser com mais ninguém...


Beijo. Abraços, pegar de mãos...


- Então vamos, amor?

- Sim, agora!




Duas pessoas juntas, caminhando sobre o horizonte.

Sobre o entardecer só se vê suas sombras, estão distantes, tão distantes do mundo...

indo em direção a um bem melhor, ainda apenas em sonhos mas que será realidade...



Duas metades. Que se completam.


Um caminho... que se completa por si só, a cada dia que passa, ao lado dessa pessoa tão,

mas tão especial...


Amar.


Silêncio. Frio. Mortal? Acredito que não.
E essa música fria que me vem? Aos meus ouvidos?
Sussurros de uma lembrañça triste, talvez... ou de várias, quem sabe...

Às vezes penso que estou sonhando.... sou louca? Não, não, sim, sim...
Às vezes penso que não me encaixo em lugar nenhum... só com você...

Canção de ninar... canção de ninar...
vou te cantar... todos os dias...

Deixar uma metade sua longe dói, principalmente quando esta já foi descoberta...
Não dá mesmo para fingir que não te conheço, que não te sinto, tua falta...
e esse teu olhar que me quebra em dez mil pedaços, cada um mais puro que o outro,
graças a você...

Frágil? Sim, eu fico...
Medo? Sim, tenho às vezes...
por que nem sempre se pode garantir o futuro...
mas até onde eu posso, te garanto...
tudo, tudo que você quiser... ou imaginar...


Dançar juntinho,
te beijar aos pouquinhos,
abraçar apertado...
calor único.
Indefinível.
Feliz é pouca palavra para o que sinto.
E sorrir, e chorar tudo junto,
a se misturar...

No quadro mais belo de todos...
eu e você.


Lá lá láaa
eu e você, sempre, sempre...
amar.

sábado, 24 de julho de 2010

Sweet Disposition- The Temper Trap e minhas palavras pra você.


Sweet disposition

Never too soon

Oh reckless abandon

Like no one´s

Watching you


Te vi, estranho... não morri...

mas percebi... notei...

algo especial, indefinível,

que eu tinha que descobrir...


A moment, a love

A dream, aloud

A kiss, a cry

Our rights, our wrongs

A moment, a love

A dream, aloud

A moment, a love

A dream aloud


E tanto pensamos, mas agindo por instinto

chegamos aonde jamais imaginávamos...

ao puro e cru amor verdadeiro.

E agora?

Teu rosto, pele, suave frescor.

Tua boca, mãos, toque, desejo,

sentir, amor e paixão,

metade, metade...

dói separar, e chorar chorar...

para depois voltar...

e novamente amar...

E mais forte tudo se torna...

e mais certeza tenho...

de que você é a pessoa da minha vida.


So stay there

Cause i´ll be comin over

And while our bloods still young

It´s so young

It runs

And we won´t stop till it´s over

Won´t stop surrender



Não vou te deixar, amor,

nunca, nunca mais...

Não se preocupa, tá?



Songs of desperation

I played them for you

A moment, a love

A kiss, a cry

Our rights, our wrongs

A moment, a love

A dream, aloud

A moment, a love

A dream, aloud.



Foram tantas e tantas, sim?

Mas sabe de uma coisa?

Todas valeram a pena....

E nosso sonho aqui vai ser real lá na frente.

Deixa estar...deixa estar... que tudo vai ser realizar...



só depende dagente.












sexta-feira, 23 de julho de 2010

A loucura de escolher teatro.

Ainda vêm me perguntar o por quê de escolher estar nesta loucura que é o teatro!
De certa forma, é simples: o teatro não te toma pela metade... não, não mesmo! Ele te pede tudo, teu todo, e de repente você se vê em um mundo que nem é mais seu, e sim de outra vida... seu personagem...

Te revitaliza, te puxa do torpor, te obriga a ser alguém com uma visão mais aprofundada do que as outras pessoas, te obriga a não suportar o comodismo, nem a ilusão de que a vida é opaca e sem graça, um eterno cinza de bloco de concreto, como tantas e tantas pessoas gostam de viver.

Mas assusta... lógico que assusta! Imagine só... ter a audácia de ousar descobrir seu inconsciente mais profundo, sua dor mais dilacerante, seu "esgoto" interior, como uma vez um amigo meu me falou... e outras coisas mais...


Vai ver que muitaas vezes é melhor escolher o caminho mais cômodo né?

"Vá ser advogada, minha netinha, que você vai dar futuro..."
"Vá fazer concurso que sua vida estará resolvida!"
"Eu sempre achei que você tinha futuro em publicidade, querida..."

Dinheiro, dinheiro, dinheiro!
Felicidade, responsabilidade, não rima com arte!

Não, não, não!

Jamais escolherei o caminho mais fácil por ser o mais fácil!

E eu tenho de acreditar que estou certa... não tenho?

Não se preocupem... eu não estou perguntando isso a vocês...
eu simplesmente TENHO, mesmo que seja lá no fundo, bem longe de todos os olhares inquisidores de pessoas que não entendem, e bem perto dos olhares de incentivo de pessoas que me importam...


Escolher ou decidir,
decidir ou escolher...
loucura, loucura,
loucura de viver e sempre aprender,
mesmo que tantos e tantos passem longe de compreender...

sábado, 17 de julho de 2010

Céu e inferno ao mesmo tempo.

Teu corpo junto ao meu
loucura, frio, desejo
na espinha

Teu olhar me ferve a carne
sou céu e inferno ao mesmo tempo
Me deixo ir,
e vou, vou, vou...
até onde você for

Vou sem perceber mais o que sou
se você ou eu,
se eu ou você,
por que não importa
não tem mais volta...

o amor é assim,
você é assim,
eu sou assim...
e é por isso que tudo se conecta ao final,
como a um destino fatal,
onde tudo, tudo, após a tormenta,
parece voltar ao normal...



mas de normal, nós sabemos, o amor não tem nada...



;)

domingo, 11 de julho de 2010

O Entendimento do Amor.

Amor... tem que ser fácil?
Amor... tem que ser difícil?

Complicado isso...

O que vocês acham??
Ou pensam achar?


Talvez o maior problema, ao final de tudo, seja esse... "TEM QUE SER"...

Estúpido, arrogante!
Ele não Tem que existir!


Cada amor é um amor, não é?

Mas todo mundo sabe que existe O AMOR...

o complicado está em saber se é mesmo, afinal não é matemática, é?
Mas e quando você sente aquela certeza crescer dentro de você, o que você faz?


Fugir não dá, né.
Mas e quando o obstáculo parece tão grande que você também não quer ficar?


Ih... parece até que estou ficando louca...
mas vai ver já sou!

Mas também... e daí se sou ou não, né?
É da conta de alguém?
Pode até ser, de quem me importa, mas de quem não, então não...


Não querendo ser chata, entende?

Entende?

Você realmente me entende?


E tudo que eu quero é realmente te entender...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A vida, dor e sua falta de respostas, tão contraditórias...

Às vezes tenho medo do escuro.
às vezes.
do escuro que espreita a minha cama.

E me olha.
com raiva.
Violência que me basta!

Me rasga!
Vai!

Me toma... sem sentido, incompleto.
Dor.

E tudo que peco ao final de tudo é torpor.
Por favor, por favor!
Torpor...torpor...
por favor...

me guie aonde for...
longe da dor...

longe...
todo mundo quer viver longe da dor.
Das esquinas onde espreita,
com seus olhos vermelhos,
sempre acesos...

Da loucura a solidão...
apenas ando na contramão.

E sermão? E e então?
Sou burra, besta, então?

Todos o somos.
Todos o somos, ao final de tudo.
E existe final?
Sim, sim, apenas não o vi.

E existe amor?
Sim, talvez apenas pensei tê-lo visto...


em algum lugar qualquer, dentro de mim.
em um lugar qualquer, dentro de outra pessoa.




Foi à toa...
foi à toa?


E ainda dizem que a graça da vida é sua falta de respostas...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Reaprendendo a olhar as nuvens... e o mundo.

Ontem.
Indo para a faculdade.
Trânsito.
Buzinas que eu não escutava.
Pois estava escutando uma música bem melhor, me dada por alguém...

"You shine a light on me...
shine a light...
You shine a light on me...
shine a light..."

Olhei para o céu. Nuvens. Sol. Nublado.
Nuvens... tão belas, tão brancas, tão fofas!
Nuvens... caminhando felizes, em seu caminho vagaroso mas incrivelmente
único...


"Caramba!" parei. "Como as nuvens são belas!"
Olhei para a rua. Para os lados.
Notei que ninguém percebia o mesmo que eu.
Vivemos, todos os dias, abaixo de um céu magnificamente belo, azul, nuvens brancas misturadas às cinzas, e mal temos tempo ou sensibilidade para perceber isso!


Sei que tudo se tornou um banquete único em minha cabeça, onde nuvens dançavam junto com a música e os dois se transformavam em um só, me passando essa única e maravilhosa sensação...
de que temos mesmo que reaprender a olhar tudo que nos rodeia...


E vocês? Já pararam para olhar o mundo?E sua nuvens?







Com você eu o vejo todo...todo...todo.

domingo, 4 de julho de 2010

Aprendendo a ter fé.

Será que Deus sabia que eu iria beijar teus lábios quando te criou?
Ou que eu iria poder te abraçar...e sorrir...e ouvir suas palavras e sentir...
e me preencher...e me fazer a pessoa mais feliz do mundo?

Difícil achar que não...
E você bem sabe que nem sempre fui lá tão religiosa...
Mas, enfim, tenho muito a agradecer a ele, sabe?
Assim como tenho a você, por me completar tão e tão completamente...
me deixando assim embriagada de amor...

Lendo o que escrevi, me sinto mesmo a pessoa mais piegas do mundooo!
Mas sabe de uma coisa?
Nem importa... se estou sendo piegas, romântica demais, exagerada, estupidamente crente no amor...


importa...

im- porta...


Você.

domingo, 20 de junho de 2010

Bobinha...

Ei...tu lembra que te falei que estava infeliz? Triste?

Hum...lembro... o que tem?

Bem... não tô mais...

Sério?Por quê, posso saber?!

É meio que simples e meio que complicado...

Conta,conta,vai!!!

É por quê estou com você...

Ah...que bonitinho...

Bonitinho não,lindo. Estar com você é lindo.


.......

Como o amor nos deixa bobos...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.






;)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O aviãozinho na janela.

E lá estava eu, na mesma sala fria onde ensaiamos toda segunda,quarta e sexta no Cac, a peça na qual estou em processo de construção com um grupo. E lá estava ele, à janela, como se fosse durar para sempre. Sim, verde com janelas amarelinhas, número 815 na cauda, fundo de cor vazio, cor ambiente detrás da janela: o aviãozinho feito de giz.

Fiquei encantada como sempre fico ao vê-lo, não sei explicar exatamente o por quê,mas naquela sala...o olhar acaba sendo atraído para ele. Parece até que ele quer me dizer alguma coisa...

Os dias passam,chove, molha-se a sala inteira, mas ele continua lá, cada vez mais verde, como se a pessoa que o desenhou na janela estivesse sempre voltando e retocando-o, o que incrivelmente acredito que não aconteça...mas enfim...no Cac tudo é possível...tudo é mágico...

Anteontem, portanto, melancólica, parei e fiquei a refletir por quê o desenharam com o bico virado para baixo, como se estivesse em queda... Não gostaria que ele caísse e se espatifasse no chão...

"Não cai, aviãozinho,

não cai...

não cai,não cai...

por quê,aviaozinho, tantas coisas ao final caem,

mas você,aviaãozinho,

não cai, não cai...

não morrerá jamais..."


"Vamos começar a leitura?"-pergunta o diretor.

"Sim,vamos", dizemos todas.


E mais uma enxurrada de divagações e interpretações começa em um dia

frio e chuvoso...


quarta-feira, 9 de junho de 2010

A dádiva de viver e a infelicidade de pensar e sentir.

Sinta, sinta, não há como fugir
tento ,tento ,mas está dentro de mim
eu devia, devia mesmo estar tão feliz...
por quê eu vivo, respiro, e isso é uma dádiva
por quê eu ando, respondo e posso ser agraciada
por um som, uma melodia, um sorriso, uma vida...

Por quê ao final de tudo, sou louca?
A vida não vai me esperar parar,
vai exigir!
E isso me salva de certa forma,
me salva de mim mesma .... e da dor que me espera, ao final do dia,
ao final do corredor dos meus pensamentos...

Por favor exija mesmo de mim, vida,
de modo que não haja mais nenhum momento em que eu possa parar para pensar... e sentir!