terça-feira, 28 de junho de 2011

Abraços e anseios.

Será que espero muito mais de Lisboa do que ela pode esperar de mim?

Às vezes costumo rir sozinha... devem achar que eu sou louca.
Mas acham isso mesmo sem eu agir assim, então tanto faz...

Era uma vez uma história nada a ver que começou a ter a ver...
e aí se percebeu o quanto nada pode ter sentido, tendo.

E quanto custa se abrir uma janela?
Se abrir uma janela... para o coração?


Você sabe que é muito mais forte do que aquele tipo de pessoa já foi ou disse ser...
mas insiste, insiste em deixar a negatividade ceder.

Mas hoje não...tem algo morno, calmo no ar...
será o cheiro de café?
Não, não é apenas isso...
é o leve toque da manhã misturado ao da tarde e noite...
com leves gotas de cansaço.

- Te vi atuando no curta.
- Ah... por isso tava achando seu rosto familiar...

Que engraçado.

Tudo se mistura.
Mundo, cartões postais, pessoas.
E no final, dá em quê?

Talvez em palavras, em sonhos...
teatro!
Acima de tudo, o teatro e a música.

Vi hoje três vozes se entrelaçando belamente.
Outra se juntou, formando um quarteto.

Por que a música faz isso comigo?
Por que ela me deixa assim, sendo só sentimentos, nada de racionalidade?


Me abraça mundo, me abraça sonhos,
me abraça doce ingenuidade...

me abraça desejo, me abraça anseio,
me abraça, liberdade!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Revelações de cores em um dia comum...

- É apenas uma questão de...
Deixa eu te olhar de uma outra forma?

Silêncio...medo.

- Deixa?

Mas não, não se cala.

- Tá...deixo. Retiro toda minha máscara de distância para você, tudo bem?
- Hum... tudo bem... desde que você queira por si só, tirar.
- Sim, eu quero...ainda a passos lentos, mas quero... você será paciente?
- Hum... acredito que sim... Não tenho porque apressar as coisas... será o que terá que ser e nada mais...
- Tá, acredito em você.
- Legal.
- Legal.



Pessoas são mesmo mais complexas do que parecem... e revelações podem ser mesmo mais espantosas do que um dia comum jamais poderia imaginar!

Hum... não é que estou vendo tanta graça nas cores da vida de novo?

domingo, 26 de junho de 2011

A mente que existe por detrás de todos nós...



Às vezes me pergunto sobre o que é realmente poesia...



são palavras em um papel... ou em um computador?






Não, não, é muito mais que isso.



TEM que ser muito mais que isso!






Vem imagens entrecortadas...






Pôr do sol...



o cheiro da chuva misturado ao opaco nublado sobre uma vista encantadora,



onde um lago brilha ao entardecer e suas águas fazem macias ondas irem e voltarem...






O vento bateu no meu rosto... no seu também?



Será que bate da mesma forma?






Poderia ser apenas uma dança na grama...mas nem foi.



Talvez um risco de raio de alegria num inferno opaco e azul.












Nem foi talvez pelo porte...



talvez pelos olhos,



grandes e amendoados...



Nem era por tudo... talvez pelo espírito?






Risadas de um segredinho.






Batom borrado.









Você acha que se podem quebrar regras?



Pessoas são tão complexas...






Vi tantos sapos ontem à noite, quando caminhei pelo lago...



mas as fogueiras, essas sim fizeram falta... seu brilho ardendo na escuridão



pálida e maravilhosa dos postes na rua.






Não acho que se resuma a delicadeza.



Vai ver se resume ao sangue.



Sangue?









ANIVERSÁRIO.



Ufa! Que palavra difícil... que palavra PESADA.



Mais um ano... mais um dia para se refletir sobre tudo.



Mais um dia para rir de si mesmo.



Mais um dia para perceber o quanto tudo mudou, de cima a baixo...






E será que dessa forma tudo se entende?



Hum!



Não, nem perto...









Poderia existir um inferno feito apenas de palavras?



Palavras que não se consegue filtrar?



Poderia existir um inferno feito apenas de determinadas lembranças?



Lembranças que não podemos apagar?












Céu talvez seja... o encontro em paz consigo mesmo.



Talvez por isto estejamos sempre atrás dele, não é?






Talvez meu eco se espalhe nesta pergunta e não vá bater em lugar nenhum.



Nem sei se minhas palavras fazem sentido... fazem para vocês?






É noite...



dormir.



E sede.



Sempre sede de algo mais que o simples.



E isso pode ser assustador...



ou completamente instigante!






Não sei... o que sua mente te diz?



O que a minha mente me diz?



O que a mente de cada um nos diz?






O que se esconde, afinal, por detrás?



Por detrás de tudo...



O que se esconde por detrás...



da mente de cada um?






Vai ver temos que levar uma vida inteira para entender...









...e aí? Vocês estariam afim de esperar?

















domingo, 19 de junho de 2011

Um dia cansativo e feliz.

Hoje por causa de um menino engraçado conheci um louva-deus. Ele pulou encima de mim quando fui tentar tirar uma foto sua... Fiquei fascinada porque parecia muito com a fada do filme "O labirinto do fauno", não conseguia parar de olhá-lo. Andou por mim um pouco até ser recuperado. Engraçado foi sentir suas patinahs tão firmes e decididas. Olhando para ele, já se percebe ser um inseto corajoso e sábio. E, por mais que pareça estranho, é um inseto realmente bonito por ser exoticamente e maravilhosamente estranho. Parece quase gente, olhando assim.

Hoje conheci uma linda menina loirinha. Ela olhou para mim e sorriu. Uma bebê andante. Ela parecia muito comigo quando pequena... sorria para todos e cativava a todos com o olhar. Inocência pura, carisma puro. Às vezes eu queria voltar a ser apenas assim, ingênua...

Hoje sorri vendo o teatro virar história e história virar teatro. Assisti da minha janela formigas caminhando para sua casinha. Vi a luz entrar a passos lentos nesta sala onde estagio... Vi o tempo passar mais rápido que velocípede! Vi minha mente se entregar ao cansaço, mas ainda querer mais...

Hoje ouvi aplausos. Imagino se os ouvirei amanhã, em minha apresentação.
Hoje levei sermão de cuidados de mãe- chefe.
Hoje sorri de minhas trapalhadas.
Hoje fui chamada de "amuleto da sorte" por dois amigos atores que aqui se apresentaram.

Hoje, depois de um bom tempo, me senti mais leve realmente e pensei "Como a vida em contato com o teatro e com pessoas nele envolvidas me tornam uma pessoa mais feliz..."






Foi realmente um ótimo e cansativo dia!
Desejo para vocês um dia assim também :)

sábado, 18 de junho de 2011

A vasta escuridão de palavras...

- Ei... eu acho que você deveria voltar a acreditar nas pessoas...
- Por quê?
- Porque existem pessoas muito legais por aí...
- Você acha?
- Sim, sim!
- Onde, por exemplo?
- Bem aqui, na sua frente...
- Mas por que ainda não quero ver?
- Por que você não pode ver...
- E por que não posso?
- Por que não é por mim que você está interessada...
- E por quem é, então?
- Por alguém que você ainda vai conhecer melhor um dia...
- Hum... pode ser... ou pode não ser... nem sei se quero...
- Você quer... quer sim... sabe por quê?
- Não... por que?
- Por que, no final do dia, todo mundo quer uma companhia...


Será?
E foi?
E penso que sim?
Não?


Apenas viver... e me jogar nessa vasta escuridão preenchida de emoção!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Os olhos na escuridão

- Você não está entendendo...
- Não, não é isso! Seus olhos...
- Mas você não está entendendo...
- Não! Não é isso, já te disse! Mas...seus olhos... eles conseguem enxergar na escuridão?


Dois fios prateados são jogados do alto
se entrelaçam, se entrelaçam,
formando um cristal...

- Eu gostaria de me entender mais...
- Eu gostaria de entender todo mundo mais...
- Você acha que vai ser sempre assim?
- Um enigma?
- Não, uma merda mesmo.
- Não, acredito que não... mas gostaria de ver nos teus olhos...
- Meus?
- Sim, nos teus olhos... que conseguem enxergar na escuridão.


Passa dia
Passa noite
que renasce
e pede, nasce...
Pele, pele...
Todo dia...
todo dia,
para morrer à noite,
sem magia...
Quer voltar a ser menina?
Não, ainda prefiro essa terrível monotonia...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Apenas cansados...

Você acha que eu me importo?

É que...

Sinceramente. Você acha mesmo que eu me importo?


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Rasguei a foto. E foi mais do que merecido.
Sorri. Me senti leve... leve... como uma flor branca que pode voar pelo mundo...
mas não ainda sem medo.


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Minutos são feitos de cansaço?
E a memória do mundo, do espaço?
São feitos de quê?

Com certeza não incluem você!

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Na geladeira você tem pão, manteiga, amendoin, feijão, tudo misturado.

Então posso misturar a música com o teatro?

Sim, sim, sim!
Só cuidado para não misturar errado!

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Cansada, cansados, cansadíssimos.
Estamos todos cansados, acabados... de sono.
Boa noite!

sábado, 11 de junho de 2011

Apenas um dia feliz...

Estou apenas... feliz e cansada. Após um dia de estágio, pessoas interessantes,
revelações, beleza da arte e descobertas...
o que mais eu poderia querer?
Dormir...


Beleza dos anjos
ardente, ardente,
vida sem laço
demente, demente
que foi o regalo do amor e do chão,
do sol e da mão
da dor e sermão...

apenas congela esse dia feliz em minha mente, então!

terça-feira, 7 de junho de 2011

O alguém que nos espera?

- Ei! Você!
- Eu?
- É, você aí, em algum lugar dos meus sonhos...
- Hum... pode dizer o que houve?
- Não exatamente houve... apenas aconteceu... tive um breve relance teu... do teu rosto...
mesmo sem ainda te conhecer... nem saber quem você é...
- Eu sei...
- Por quê?
- Porque também vi o teu.
- Sério? Onde?
- Em um mar... era tão belo o mar... cheio de luzes roxas, azul-claras e espantosamente brilhantes! Você estava entre elas, lá no fundo, me chamando... me convidando a ser seu.
- Era?
- Sim, sim... Não dava para não te perceber... você é por demais especial para não ser percebida.
- Hum... será?
- Sim, sim... Só não me achou ainda, esse é o problema...
- E como eu faço para te achar? Às vezes acho que o mundo não tem mais volta... nem as pessoas...
- Muitas coisas não têm mais volta... mas eu... eu estarei aí quando você precisar de mim, conseguirei realmente te ver através dos seus olhinhos engraçados e suposta extroversão alegre... Eu só... serei quem você precisa, sendo eu mesmo, tudo bem?
- Hum... acho que sim... Mas você não me respondeu aquela outra pergunta...
- Ah... por que esta, só a vida poderá responder... e eu também gostaria que ela me respondesse, para eu te encontrar o mais rápido possível!

Risos melancólicos.

- Como você pode ser assim?
- Assim como?
- Assim... existir sem realmente existir.
- Te pergunto a mesma coisa.
- Tá... você venceu.
- Não, não há vencedores ou perdedores. Somos iguais.
- E agora?
- E agora você tem que ir... e eu também. Mas não se preocupa...
quem sabe agente vai se encontrar em uma esquina qualquer...
- ... ou em uma padaria qualquer.

Risos melancólicos.

Um beijo melancólico.

Um adeus e não-adeus melancólico.


- Até lá, tudo de bom para você!
- Até lá, tudo de melhor para você!


Planos, futuros...

o que nos espera lá na frente?


- Eu te espero.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Conversas simplesmente cotidianas e incrivelmente importantes.

- Agora eu entendo...
- O quê?
- O porquê de sentir aquele vazio...
- É? E qual era o porquê?
- Falta de objetivo imediato, simples assim!
- Só isso?
- Não. Isso e muitas outras coisas... que nem vale mais a pena serem mencionadas.
O que eu sei é que morri tantas vezes já... mas essa parecia ser a pior de todas, até que...
- Até que..?
- Outro dia nasceu e o vazio do nada se dissipou, se transformando em tudo de novo...
- Hum...
- Consigo voltar a ver beleza, mesmo onde parece não mais ter. Consigo simplesmente enxergar que, em algum lugar deste mundo, existe alguém... ou algo, apenas me esperando...
- E isso importa?
- Talvez sim... como o rato que corre atrás do queijo... mas será que o queijo realmente existe?
- Nem sei... mas dizem que sim... Tanta gente já achou o seu, por que você não acharia, não é?
- É! Exatamente!


Nada é exato.
Nem mesmo um exatamente.
Mas continuamos e sempre seremos...
gente.
Apenas gente.
E, talvez por isso, não tão indiferentes...
ao maravilhoso mundo de emoções que nos cerca!

domingo, 5 de junho de 2011

O FIM e seus desígnios estúpidos.

- Ontem eu fui em um jardim.
- É?
- É. Só que nele as pessoas eram como flores.
- Hãn? Sério? E como elas eram?
- Eram como flores, e suas palavras ressoavam como perfume pelo espaço...
até se tornarem pedras e se espatifarem no chão!
- E você?
- Eu o quê?
- E você? E você?
- Eu o quê, oras?!
- E você... acreditou?

Dsifarça, olha pros lados... sorri meio sem graça... e simplesmente pára, sério.

- Sim, em todas elas.

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- Você percebeu que não temos nada a ver?
- Sim... mas isso importa?
- Não.
- Então vamos ficar, mesmo assim?
- Sim.
- Perfeito.
- Perfeito nunca será, mas também não há muito tempo para se fazer durar...
e de que serve isso? De que serve o ``fazer durar``? Dane-se ele com seus sonhos!
- Sim! Dane-se ele... e dane-se nós.

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They are still screaming...
and we are still living.

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-Só continua, tá? Só continua a viver... e acreditar... e a ver tudo de uma forma diferente, tudo bem?
Senão... quem mais haverá para acreditar?
- É... ninguém mais é suficiente burro para isso.
- Não... ninguém mais é suficiente especial para isso.

E isso é apenas...o FIM.