segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O caminho para a estupidez do inacreditável.

Eu poderia simplesmente fechar meus olhos, não poderia?
Mas mesmo assim... até a solidão do preto de não ver... me traria tua imagem... pura, única, pedindo socorro, me fazendo sentir culpada ...

- Eu tava ouvindo um funk fuderoso e...

Você.

- Tu lembra daquela vez que-...

Você.

- Foi muito engraçado!

Você, você, você, você, você, VOCÊ!

Droga! Droga de você!

Em minha mente, sempre...
logo quando pensei ter finalmente te esquecido,
logo quando pensei finalmente poder ser livre...
você,você,VOCÊ!

Me culpando por ser sua metade,
me culpando por ter a coragem,
me culpando por saber não ter solidariedade,
me culpando pela dor da saudade...

me culpando por te amar tanto, tanto,
que acaba fazendo tudo parecer possível...
pelo menos por alguns dias... e próximos conflitos... e brigas...e tudo o mais que não importa mais...



Um bebê mais lindo do mundo brinca nos braços da mãe;
ele não pára, inquieto. Roda a mesa, brinca com a suposta avó, o suposto primo,
as supostas irmãzinhas...
Corta! Corta sonho!


- Por quê tu tá tão morgada?


Nem sei mais... nem deveria estar... nem deveria...mas estou... e por quanto tempo mais... e por quanto mais... irei acreditar no inacreditável?

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