terça-feira, 31 de maio de 2011

A liberdade em um pára-quedas.

- Ei, você sabia?
- Não, o quê?
- Que eu realmente não te desejava tanto e verdadeiramente?
- É?
- É. Eu apenas te amava... e com isso pensava alimentar desejo.
- Ah...
- Essa é a piada... Te amava pelo que eu pensava que você era, e não pelo teu corpo...
- É. A piada fui eu, desde o começo, te prendendo quando você tinha ainda tanto a viver e aprender...
- Sim, foi... poderia ter terminado de forma diferente, mas você fez ser a pior... e eu jamais vou te perdoar por isso.

Silêncio. Choro.

- Cala essas tuas lágrimas de crocodilo. Tenha coragem, pelo menos uma vez na vida e não se refugie em sua carinha de anjo!

Seus pedaços se partem, viram nada. Apenas um fantasma em meio a memórias não mais belas como costumavam parecer antigamente.

Pega impulso rapidamente, correndo, arfando, pois agora livre e só pode pular e alçar vôo pára-quedas no horizonte... que se mistura em rosa, laranja e amarelo...


``Você é livre``, repete para si, e mais feliz do que jamais poderia estar com um peso nas costas, sorri e se deixa planar... observando as árvores lá embaixo e novos pássaros acima...

Quem sabe que, no meio dessa confusão de nuvens, surja mesmo um rosto amigo e acolhedor...

mas sabe de uma coisa?

Ninguém precisa depender disso para ser feliz!

Voa, menina, voaaa...
e ganhe o mundo!

Porque você simplesmente...
sabe que pode.

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