terça-feira, 5 de julho de 2011

Um quadro de subconsciente coletivo.

Foi apenas o abrir das janelas.

Apenas.

Apenas que se tornou muito.
Uma lufada de vento me tomou.

Em minha casa, tão grandiosa e bela... apartamento dentre todas as outras.

Branca caiada de rosa-claro.

Meus cabelos voaram e não me importou.

Minha camisola pueril voou em meu corpo e não me importei.

Era apenas eu abraçando o vento, e vice-versa.

Mas foi, afinal, a visão que me tomou...

e eu sabia, sabia que naquela manhã seria tudo diferente...


A paisagem se encontrava suave, o céu em nuances de um azul claro misturado a um rosa delicadamente aquarelado. Vai ver ainda estava sonhando... era? Não, não era sonho.

Senti também que todos paravam naquele momento. Todos.

Para observar. O céu.

Rodeado de pequenas lâmpadas voadoras.

Mas eram mesmo lâmpadas?

Não, não eram!

Eram seres... ou algum tipo de balão onde pequenas mas intensas luzes azuladas brilhavam...

Engraçado porque tudo agora parecia de várias cores fechadas em uma cor só.

Tudo era conjunto... tudo era mágico.

A grandiosidade da paisagem me abarcou, senti arrepios de medo misturado ao encantamento.
Vai ver eu estava em uma pintura móvel.

Vai ver eu não era ali mais apenas indivíduo, e sim personagem...

Vai ver...

vai ver...

mas eu vi.





Vi tudo aquilo e foi a coisa mais bela que eu poderia ter visto.

Seres ``lampadorísticos`` iluminando uma madrugada rósea.

Pessoas paralisadas em meio a rua, céu, mar, apenas olhando e sentindo...

apenas olhando e sentindo... como eu.

Vai ver sou pequena demais para esse mundo real em que vivo.

Mas vai ver sou perfeitamente completa para esse outro mundo fantasioso

onde todos nós temos de viver, de vez em quando... para realmente se sentir bem.



Ou vai ver estava apenas eu em um quadro.

Ou vai ver vivemos todos nós em pequenos quadros, tão separados...

que se juntam, vez ou outra, no subconsciente coletivo.


O que importa é...

sermos todos diferentemente iguais.





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