sexta-feira, 29 de julho de 2011

Quais são as palvras que você quer me dizer?
Quais?
Sorria diante desta catástrofe, querido.

Vai que em nuvens escuras e catárticas se esconde um sorriso macabro de tristeza. Dentro de todos nós pode existir uma caveira assustadora, debaixo da pele... coberta pelos músculos faciais que se alongam a medida que tentamos ser felizes.

E somos, não somos?
Todos os dias tentamos sê-lo.

E quando à noite... aquele vazio imenso tenta penetrar em nossas veias... adentrando sorrateiro pela porta, quem somos nós, sozinhos no mundo? Somos nós mesmos ou um resquício do que deveríamos ser?
Vai ver que o desespero da solidão é apenas uma ilusão... pois, ao final, todos nós somos felizes!

Eu não queria olhar em teus olhos e te dizer isso.
Eu não queria... mas olhei. Mas disse.
E isso não muda mais nada.
O passado não se muda.
As marcas não se mudam.
Só se muda o futuro... o futuro, menino!


E esperar que teus olhos me curem...
E esperar que teu carinho me cure?
Há!
Apenas se quissesse morrer.



Obs: Texto feito após assistir a perfomance "Radiações Invisíveis", e nela inspirado para trazer algo de meu.

Nenhum comentário: