
Eu e a Febre entramos num papo claro e reto.
EU- A questão é que... eu tenho direito de querer sair toda hora, todos os dias, rever todos os meus amigos... enfim, aproveitar bem meus últimos dias em Recife.
FEBRE - Sim, mas também há o outro lado da questão, que é... você não pode ser mil Adrianas ao mesmo tempo, apesar de aparentemente, de tão inquieta, ter energia suficiente para isso.
EU - Mas, mas... eu ainda insisto em ser! Quer dizer... não quero ficar parada, em casa, vendo os minutos passarem antes de eu partir...
A partir daí a Febre engrossa.
FEBRE - Olha, amiguinha, tentei falar mansinho... só para você não dizer que sou má, mas você é teimosa, pessoa difícil de se lidar, então... vai ser da minha maneira!
A pobre Adriana ainda tenta resistir, andar alguns passos, sair para caminhar, beber uma água, rever amigos... mas a Febre, quente, quente, lhe segura pelos braços e lhe queima todo o corpo, lhe trazendo uma terrível dor de cabeça e uma fraqueza terrível. Adriana desfalece na cama, onde dorme e dorme...
... e todos os dias parecem passar lentamente, como em câmera lenta, apenas na espera de que os remédios que está tomando lhe tirem desse torpor tedioso.
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