terça-feira, 7 de setembro de 2010

A menina e os objetivos de cena.


Uma vez um grande pensador e gênio do teatro chamado Stanislávski escreveu em seu livro que, durante uma cena, se deve ter pensamentos específicos, curtos, para lhe dar maior autenticidade.


E na vida também serve?



CENA 1


Ela chega em casa. Vai até seu quarto, olha sua parede. Liga a Tv. Abraça sua bonequinha.

Sorri. Lê sobre dinossauros. Pensa. Estuda livro de Stanislávski. Reflete. Faz sua tarefa do conservatório. Se cansa. Cansada. Dorme , embalada por densos pensamentos...


CENA 2


Ela acorda. Está feliz por que hoje encontrará suas amigas. Não vê elas há um bom tempo...

Anda no shopping, almoça. Sorri. Conversa. Igual a todo mundo. Ela é igual a todo mundo, não é?

Tira onda, faz palhaçada. Amanhã tem ensaio, pensa. Anda, compra top. Encontra mais conhecidos no caminho. Atualiza vida com melhor amiga. Sorri. Pensa. Sorri. Pensa.


CENA 3


Dia de ensaio. Toma café, dorme de novo, estuda. Pensa.

Almoça, corre. Chega ao ensaio. Sentir, pensar... fluir...fluir...

nada de mundo. Ela é diferente de tudo, de todos.

Teatro... fluir... pensar... sonhar... imaginar... chorar... sorrir...

loucura... tudo junto... Tudo junto... em sentimentos que percorrem seu corpo...

É, teatro, sua certeza... única certeza na vida, junto com a música.


CENA 4


É a vida. Ela... ela... ela... tendo que ser seu centro de mundo.


Assim como todo mundo, não é?

Todo mundo é seu próprio centro do mundo... e todos estão certos, não estão?


Quem dera ela ser como todos eles... quem dera... quem lhe dera...



CENA 5, CENA 6, CENA 7... e por aí vai...


pois em sua vida nunca haverá o fechar de cortinas...


só e apenas quando ficar velhinha (é o que espera... huhuh ).



Boa noite a todos!






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