terça-feira, 7 de junho de 2011

O alguém que nos espera?

- Ei! Você!
- Eu?
- É, você aí, em algum lugar dos meus sonhos...
- Hum... pode dizer o que houve?
- Não exatamente houve... apenas aconteceu... tive um breve relance teu... do teu rosto...
mesmo sem ainda te conhecer... nem saber quem você é...
- Eu sei...
- Por quê?
- Porque também vi o teu.
- Sério? Onde?
- Em um mar... era tão belo o mar... cheio de luzes roxas, azul-claras e espantosamente brilhantes! Você estava entre elas, lá no fundo, me chamando... me convidando a ser seu.
- Era?
- Sim, sim... Não dava para não te perceber... você é por demais especial para não ser percebida.
- Hum... será?
- Sim, sim... Só não me achou ainda, esse é o problema...
- E como eu faço para te achar? Às vezes acho que o mundo não tem mais volta... nem as pessoas...
- Muitas coisas não têm mais volta... mas eu... eu estarei aí quando você precisar de mim, conseguirei realmente te ver através dos seus olhinhos engraçados e suposta extroversão alegre... Eu só... serei quem você precisa, sendo eu mesmo, tudo bem?
- Hum... acho que sim... Mas você não me respondeu aquela outra pergunta...
- Ah... por que esta, só a vida poderá responder... e eu também gostaria que ela me respondesse, para eu te encontrar o mais rápido possível!

Risos melancólicos.

- Como você pode ser assim?
- Assim como?
- Assim... existir sem realmente existir.
- Te pergunto a mesma coisa.
- Tá... você venceu.
- Não, não há vencedores ou perdedores. Somos iguais.
- E agora?
- E agora você tem que ir... e eu também. Mas não se preocupa...
quem sabe agente vai se encontrar em uma esquina qualquer...
- ... ou em uma padaria qualquer.

Risos melancólicos.

Um beijo melancólico.

Um adeus e não-adeus melancólico.


- Até lá, tudo de bom para você!
- Até lá, tudo de melhor para você!


Planos, futuros...

o que nos espera lá na frente?


- Eu te espero.

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