sábado, 30 de outubro de 2010

A dor da confusão.

De longe, diviso. Blusa amarela, cabelos voando ao vento. E um olhar que sei que vai me matar...
mesmo de longe já sei.

Palavras. Gestos frios. Olhamos para as pedrinhas... olhamos, olhamos... o grande e belo mar a nossa frente... E de repente... surgem lágrimas. Não no rosto da pessoa, mas no meu. E elas saem , saem, saem... parece que nunca vão parar... nos olhos já inchadinhos de tanto chorar...

Se aproxima de mim uma hora, tira meus óculos escuros. E me beija.. o beijo mais doce do mundo... Ah... quem me dera fosse sempre assim... quem me dera tudo fosse simples...
Simples como duas pessoas que simplesmente se amam e fazem dar certo.

- Pelo teu olhar já sei que você vai me tirar da sua vida.

Como se eu quisesse... como se eu quisesse!

Às vezes há mesmo momentos em que Deus deixa tudo nas nossas mãos, por mais que você peça a ele que te guie... Ele te dá uma certeza não te dando ao mesmo tempo... e não vou culpá-lo.

"Deus...alô? Você está aí?"

Tu tu tu... (linha ocupada ou aparentemente ocupada).

"Deus....Deus! Preciso de sua ajuda agora! Me ouve, por favor..."

tu tu tu...

E aí que de repente me vem várias sensações ao mesmo tempo... e tudo que eu não queria era estar em um beco sem saída, onde ambas prováveis saídas não são lá muito boas...

Eita paradoxo!


Chuva, desejo, lampejo de olhar mais incrível do mundo. Metades.
Somos ou não? Turbulência. Paz... a paz mais única do mundo, de estar no lugar certo...
mas na situação errada.


Loucura. Raiva. Olhar vidrado numa paisagem que não me inclui mais.
Luta de forças. Embora... Vai embora... Espetáculo para todos que nos vêem na rua. E eu observo, se indo... a pessoa que mais amei e amo na minha vida...

O amor verdadeiro, mas confuso, dói mesmo... e um bocado.

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